Setembro amarelo: pessoas com depressão podem conseguir apoio usando tecnologia

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Depressão afeta cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo (4,4% da população mundial). No Brasil, a prevalência é um pouco maior do que a média: 5,5% ou um total de 11,5 milhões de brasileiros, número que, nas Américas, só é superado pelos Estados Unidos. Ainda de acordo com a OMS, são registrados cerca de 11 mil suicídios todos os anos no país e mais de 800 mil no mundo, sendo que 97% dos casos estão relacionados a transtornos mentais e, em primeiro lugar, à Depressão.

Com isso, a Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, deu início ao Movimento Falar Inspira Vida, que marca o Setembro Amarelo e pretende requalificar a conversa sobre a Depressão por meio do conhecimento, contribuindo para um ambiente mais favorável a quem precisa de apoio especializado. O projeto conta com a participação da Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), Centro de Valorização da Vida (CVV), Departamento de Psiquiatria da UNIFESP, Instituto Crônicos do Dia a Dia (CDD), Instituto Vita Alere e Vitalk.

Para colocar o objetivo em prática, o movimento em questão criou um guia que explica como falar da maneira mais adequada sobre Depressão e Suicídio, utilizando como base expressões e comentários corriqueiros. O material pode ser acessado no site, baixado e compartilhado.

Dr .Jair Mari, Chefe do Departamento de Psiquiatria e Psicologia Médica da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que a depressão é um desequilíbrio biológico importante e que afeta todo o organismo. “A vida estressante que levamos, a violência, a pressão que sofremos para funcionar em diversos aspectos contribuem para o aumento do número de pessoas com o transtorno”.

O especialista ainda observa: “Principalmente nos casos graves, a sensação de angústia e pensamentos mórbidos podem fazer com que a que pessoa tenha impulsos suicidas, porque ela não suporta a dor que está sentindo e não vê saída para aquela situação. As pessoas com esse desequilíbrio biológico estão mais propensas a desenvolver doenças autoimunes, câncer e doenças cardiovasculares”.

O Dr. ressalta a necessidade da mobilização da sociedade para construir um país com compaixão, altruísmo, que não negue a ciência. “A luta maior é contra o preconceito. É nisso que a campanha pode auxiliar muito bem. É muito importante que a gente estude a situação, ouça as pessoas que passaram pelo problema”, acrescenta.

E vale ficar de olho nos sinais que indicam a depressão. Segundo Jair, os principais são mudança de qualidade de vida, desinteresse, medo do futuro, angústia, sensação que toma conta física, e o mais importante ainda: perda de funcionalidade. “Não conseguir ler o que lia, escrever o que escrevia, guardar o que costumava guardar. Muita irritabilidade, não querer saber das pessoas. O impacto da fincionalidade e sintomas gerais. Esse é o momento de buscar ajuda”, diz o especialista.

Fonte: Canaltech

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