Governo do Estado do RJ lançou, nesta sexta-feira (26), o Programa de Segurança Hídrica (Prosegh) para aumentar a oferta de água, garantir a conservação dos mananciais e reduzir riscos de secas, inundações e acidentes ambientais

A iniciativa inclui projetos dos setores público e privado, como a obra para a construção do túnel bypass (passagem) com a transposição de água da Bacia do Rio Paraíba do Sul para o Rio Guandu. A intervenção é realizada pela Light para ampliar a segurança na geração de energia elétrica distribuída a 31 municípios da Região Metropolitana.

Licenciada pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente), a obra do túnel da Light vai interligar os reservatórios de Vigário, no alto da Serra das Araras, e Ponte Coberta, em Piraí. O túnel terá comprimento de 3,8km, diâmetro máximo de 5,8m e um desnível de 310m entre os reservatórios. Hoje, as águas do Rio Paraíba do Sul passam pelas usinas da Light e são utilizadas para produzir eletricidade. O novo sistema terá capacidade equivalente ao atual e fornecerá uma vazão de 120 m³/s, suficiente para encher 120 caixas d ‘água de 1 mil litros a cada segundo.

O sistema funcionará em paralelo ao atual circuito hídrico e será, também, uma alternativa de abastecimento para a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu, onde a Cedae capta e trata a maior parte da água consumida na Região Metropolitana do Rio.

– Estruturas do porte das usinas hidrelétricas da Light na Serra das Araras requerem manutenção constante e, muitas vezes, precisam ser paralisadas para verificação integral das condições de operação. O túnel será uma importante ferramenta para que a Light continue a prestar o serviço de geração de energia elétrica de forma contínua e segura – explicou o presidente da Light, Raimundo Nonato Alencar de Castro.

Auxílio para planejamento dos investimentos

Através do Programa de Segurança Hídrica, o Governo do Estado vai oferecer auxílio para o planejamento dos investimentos e das ações, identificando possíveis fontes de financiamento. O planejamento tem previsão de ações para os próximos 22 anos. Além disso, um grupo técnico interinstitucional permanente vai acompanhar a segurança hídrica da região do Guandu. A equipe vai discutir e propor ações preventivas e mitigadoras em relação à qualidade de água.

– Hoje, há uma vulnerabilidade dos sistemas hídricos em decorrência das mudanças climáticas. É preciso ainda conter a poluição dos rios que chegam na tomada d’água da ETA Guandu, que abastece cerca de 10 milhões de pessoas da Região Metropolitana. Além disso, esse programa tem papel ímpar no estado, pois tem uma visão de desenvolvimento, já que garante a todas as frentes que querem investir no estado que não faltarão recursos hídricos – afirmou o secretário do Ambiente, Thiago Pampolha.

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