Vereador defende que merenda estocada seja doada para famílias vulneráveis do município

Após vistoria nas instalações e nos procedimentos de conservação e armazenamento da merenda escolar no Município, o vereador Yuri Moura, presidente da Comissão de Educação, Assistência Social e Direitos Humanos da Câmara Municipal, entregou um ofício à Secretaria de Educação propondo, dentre algumas medidas, a doação da proteína armazenada nas unidades de educação, para as famílias em situação de vulnerabilidade em Petrópolis, em acordo com as orientações do CAE (Conselho de Alimentação Escolar). 

O documento, protocolado nesta semana, reforça a incerteza do retorno presencial às aulas e demonstra preocupação com possíveis instabilidades elétricas nas unidades onde o alimento está armazenado, à medida que o desligamento dos congeladores, mesmo que por algumas horas, tornaria o alimento impróprio.

A falta de uma supervisão frequente, motivada pelas medidas de prevenção à pandemia, também preocupa: “São 9 toneladas de proteínas armazenadas nas unidades escolares, um pico de luz ou qualquer outra instabilidade elétrica pode levar ao descarte desse alimento. Além disso, não temos acompanhamento presencial constante, devido à pandemia, então, o melhor caminho é a doação desses alimentos para as famílias petropolitanas, que estão sofrendo bastante com o fim do auxílio emergencial.

“Sei que a nova gestão da gerência de alimentação escolar tem o controle e acompanha de perto, porém a chance de um infortúnio é gigantesca. Precisamos nos antecipar!”, disse Yuri.

Outra ação proposta e discutida em reunião junto ao gerente de alimentação escolar, Tiago Gasparini, e do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), é a elaboração de um cronograma e um plano com estratégias de logísticas para evitar o desperdício e um consequente descarte dos alimentos neste período sem aulas presenciais. O vereador reforçou a urgência na substituição do atual depósito, localizado no Quissamã, para um novo, desde que seguindo todas as recomendações sanitárias. 

Quanto à empresa que realizou a entrega da merenda descartada na última semana, o documento indica uma apuração rígida e urgente sobre o serviço prestado e consequente ação penal caso confirmada às infrações: “Defendo que a empresa envolvida não participe mais de licitações municipais. É muito grave. Para além disso, a inércia da gestão passada em cobrar a troca dos mantimentos, ainda mais em período de crise como a pandemia, deve ser apurada. Precisamos encontrar os responsáveis!”, concluiu

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