Opção para todos os grupos, vacina contra influenza também está disponível em clínicas particulares

Imunização deve ser realizada anualmente, prevenindo contra os principais vírus da gripe circulantes no ano anterior

Esta semana começou a campanha nacional de imunização contra a Gripe – Influenza 2021 em todo o país.  Mais do que nunca, neste momento de pandemia que o mundo está vivendo, a vacinação deve ser priorizada. A vacinação é a principal forma de prevenção de doenças.

“Temos uma semelhança muito grande entre os sintomas e a evolução de uma gripe comum e o quadro clínico provocado pela Covid-19. Importante estar imunizado contra influenza para que o diagnóstico seja facilitado”, explica a pediatra Priscilla Feleppa Valente.

A vacina da gripe previne contra os principais vírus causadores de Síndrome Respiratória Aguda Grave, incluindo o Influenza H1N1 e o Influenza H3N2. Está disponível no SUS para grupos específicos e nas clínicas privadas para toda a população.  A vacina deve ser realizada anualmente, prevenindo o indivíduo contra os principais vírus da gripe circulantes no último ano.

“Anualmente a OMS realiza estudos para identificar as principais variantes em circulação, contemplando ambos os hemisférios. Baseada nesses dados de incidência são produzidas as vacinas anuais contra a gripe”, complementa a médica.

A vacina da gripe disponível no SUS é trivalente, isto é, contempla três vírus do tipo Influenza causadores da gripe, nas clínicas privadas a vacina oferecida é a tetravalente, ou seja, previne para mais um tipo de vírus Influenza.

Na prática, a diferença entre a vacina aplicada pela rede particular e a disponibilizada pelo SUS é que, enquanto a primeira previne quatro cepas do vírus, a segunda previne três, sendo duas do vírus Influenza A e uma do vírus Influenza B, destaca ela.

Importante é estar imunizado

A médica explica que o importante é se vacinar, independentemente de ser a trivalente ou tetravalente. Em relação à realização da vacina Covid-19 junto com a vacina da gripe, a pediatra afirma que ainda não existem estudos que investiguem os efeitos das interações entre ambas vacinas. Por isso, por ora, a recomendação do Ministério da Saúde é que elas não sejam aplicadas simultaneamente, e que o intervalo mínimo, entre as vacinas seja de 14 dias. 

A orientação do Ministério da Saúde é que, caso a data de receber as duas vacinas coincida, a vacina contra o COVID-19 seja priorizada e o paciente agende o dia de receber a da gripe com um intervalo mínimo de duas semanas. Esse agendamento fica por conta da gestão do município e, caso o paciente opte por tomar a vacina contra influenza na rede particular, ele deve informar quando foi imunizado contra a Covid-19. 

Quem já pegou coronavírus também deve ser vacinado. Ainda não existem quaisquer evidências de que o Sars-CoV-2 influencie na eficácia ou na segurança da vacina contra a gripe. Se o paciente já se curou da Covid-19 ele pode ser, sim, imunizado contra a gripe.

Fique atento às contraindicações da vacina Influenza! Apenas bebês com idade inferior a seis meses e pessoas com histórico de choque anafilático após receber doses da vacina contra a gripe não devem ser vacinados.  

“Aqueles que apresentem alguma infecção aguda ou febre nos últimos dias, devem aguardar a resolução do quadro antes de receber o imunizante”, explica Priscilla, destacando que as doses da vacina Influenza não causam a gripe, uma vez que são produzidas a partir de vírus inativados, e que reações adversas ocorrem em uma minoria dos casos.

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