JANAINA DO CARMO
Redação TVC – Jornal Correio da Manhã

O que seria um sonho se tornou um pesadelo para quem mora no Conjunto Habitacional Vicenzo Rivetti, no Carangola, em Petrópolis. Os apartamentos foram entregues em 2020 e desde então os problemas atormentam os moradores. Infiltrações, vazamentos de gás, janelas empenadas e obras inacabadas são algumas das denúncias.

Moradora do bloco 2, a dona de casa Cremilda da Silva Siqueira, de 52 anos, denuncia que seu apartamento tem infiltrações, janelas trincadas e vazamentos. “Chega a chover dentro de casa, dentro do meu banheiro. E o pior é que a Caixa não dá uma posição para a gente do que vai ser feito. Vieram aqui há três meses dizendo que resolveriam os problemas em 15 dias e até agora nada”, lamentou a moradora.

Cremilda era beneficiária do Programa do Aluguel Social desde que teve sua casa interditada em 2019, na localidade do Vila Rica, no distrito de Pedro do Rio. Ela conta que quando recebeu o apartamento, onde mora com a filha e neta, parecia um sonho, mas que como passar dos dias se tornou um pesadelo. “Todos nós estamos vivendo momentos de incertezas. Não sabemos como a obra será feita. Se vamos poder continuar aqui. Se vamos ter que sair. O que exatamente vai ser feito. Queríamos respostas”, ressaltou a moradora.

A Caixa Econômica Federal (CEF), responsável pelo empreendimento, prometeu o início das obras no conjunto habitacional para janeiro de 2022. Em nota, a CEF informou que “o processo licitatório para os serviços nas áreas comuns foi concluído”. Já a Prefeitura de Petrópolis, também em nota, informou que vai retomar as obras do posto de saúde e do Centro de Educação Infantil (CEI) do condomínio. “A Secretaria de Obras, Habitação e Regularização Fundiária esclarece que está levantando a atual situação dos contratos de execução das obras. O objetivo é apurar o que já foi devidamente licitado, empenhado e pago, para assim solucionar os entraves e promover a retomada das obras”.

Tanto o posto de saúde quanto o Centro de Educação Infantil deveriam ter ficado prontos junto com os apartamentos. No entanto, a empresa vencedora da licitação realizada pela Prefeitura de Petrópolis, abandonou as obras. Desde 2020 nenhuma movimentação é vista no terreno onde as duas unidades serão construídas.