Transporte público de Petrópolis ainda opera com frota reduzida

Raphaela Cordeiro/Redação Correio da Manhã

Do início da pandemia em 2020 até hoje, a frota de ônibus de Petrópolis ainda não retomou 100% da sua capacidade. O problema atinge inúmeras pessoas que se expõem ao vírus da covid-19 em ônibus lotados e ainda não há uma previsão de quando esse serviço será retomado em sua totalidade. Os problemas com o transporte público se agravaram neste mês de fevereiro. Com a volta às aulas presenciais, petropolitanos enfrentam horas no trânsito, ônibus lotados, atrasos e quebras dos veículos.

Para o vereador de Petrópolis, Yuri Moura, o problema é a judicialização e a má vontade da justiça com os usuários de transporte público. “A questão toda é que foi judicialização. Por mais que vários vereadores tenham se mobilizado e peticionado na justiça para reverter essa situação, por mais que haja um acordo entre a Prefeitura e o Ministério Público que diz que a cada 15 dias o cenário da pandemia deveria ser avaliado, ainda assim as empresas de ônibus estão sustentadas em decisões judiciais que as favorece, o que é muito injusto”, disse.

São linhas e horários não cumpridos, além das vezes em que há alterações sem que a população seja informada. Durante a pandemia, outro problema é a violação dos protocolos sanitários contra a covid-19, que são quebrados diariamente em ônibus lotados. O órgão que deve fiscalizar estes problemas na cidade é a CPTrans, que também deve multar as empresas de ônibus nestas situações.

No próximo dia 24 de fevereiro, a Câmara Municipal de Petrópolis realizará uma audiência pública para tratar sobre questões em relação ao transporte público da cidade. “A gente tem que rediscutir o sistema. Além de apagar esses incêndios de atrasos e quebras de ônibus, a gente quer mudar a estrutura do sistema de transporte público”, disse o vereador.

Yuri informou ainda que apresentará um projeto de lei que pretende obrigar as empresas de ônibus a consultarem associações de moradores antes de qualquer mudança. A ideia é que as empresas divulguem com pelo menos 60 dias de antecedência qualquer alteração no itinerário, linhas e horários, para que o sistema se torne público. “O objetivo é que a sociedade seja consultada e não as empresas de ônibus. A intenção é não ter mais problemas como o ônibus que não chegam ao ponto final, ou linhas que mudam de horário repentinamente e sem aviso prévio. Isso prejudica o trabalhador”, contou Yuri Moura.

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