Barreira impede passagem na Rua Elisio Alves, na região do Caxambu, em Petrópolis

Gabriel Faxola/Redação Correio da Manhã
Com mais de três metros de terra e entulho acumulados na Rua Elisio Alves no Caxambu, em Petrópolis, os moradores são obrigados a conviver diariamente com a insegurança. Apesar de boa parte da terra ter sido retirada parcialmente da via principal, o local que dava acesso a dezenas de casas continua interditado, assim como a entrada do primeiro andar de alguns imóveis, desde a chuva do último dia 15. O deslizamento também causou rachaduras na rua.
“Nós precisamos de ajuda, nós precisamos que a COMDEP realize o seu serviço, que tire do meio da rua as barreiras e escombros porque se não for desobstruído vai acontecer uma catástrofe”, disse Natália Cristina Ferreira, moradora do local.
De acordo com Natália, uma agente terceirizada da Defesa Civil foi até o local no dia para avaliar os estragos e riscos. Na ocasião foi dito ainda que o laudo sairia em até 90 dias. Natália contou que entrou em contato com a prefeitura alguns dias depois e descobriu que não existe nenhum registro de visita a região. Diante disso, ela voltou a pedir ajuda das autoridades. “O Morro dos Anjos que circunda todo o Lusitano, está rachado, e até agora nenhum Registro de Ocorrência foi aberto. Nós ligamos para a Defesa Civil, e eles informam que vão enviar representantes, mas nós fazemos um apelo para que socorram agora, é agora que precisamos de ajuda.”, explicou a moradora.
Apesar dos estragos terem sido maiores nas chuvas deste ano, a região já registrou deslizamentos em outros anos, o que torna a convivência com o medo ainda maior. Por isso quando há sinal de chuva, a insegurança toma conta.
“Nós estamos apavorados, enlutados, desesperados, nós estamos fazendo este apelo, para que a gente não se acostume com pessoas falando que isso é natural, e que de vez em quando vou passar por isso. Eu preciso de soluções, fazemos apelos para o Poder Público e empresas privadas. Que não digam o que fazer, mas que juntos consigamos como fazer. Essa catástrofe não vai ficar como as anteriores, não deixaremos passarem branco , vamos cobrar! É nosso direito, se cumprimos com nosso dever, nós temos direitos também.”, encerrou Natália.