Acidentes em Petrópolis em alta: Sala de trauma do Hospital Santa Tereza realiza 292 atendimentos em 2022

Um levantamento feito pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), apontou que por dia, seis pessoas morrem no Estado do Rio de Janeiro e 73 ficam feridas, por conta de acidentes de trânsito. Parte das ocorrências são relacionadas a imprudência. Em Petrópolis, apenas este ano, já foram registrados 292 atendimentos relacionados ao trânsito na sala de trauma do Hospital Santa Tereza. Atualmente a cidade, de acordo com a CPtrans, não conta com nenhum radar em funcionamento, apenas dois controladores de velocidade, instalados no Bingen, próximo ao restaurante “Lukas” e na Rua Washington Luiz.

Ainda de acordo com o ISP, o interior do estado registrou o maior índice de vítimas fatais. Com 14,1% das ocorrências. São 86 infrações a cada 100 motoristas. As principais vítimas são jovens com idades entre 15 e 29 anos. Além disso, 27 internações no Sistema Único de Saúde são feitas diariamente, o que gera um custo de mais de R$20 milhões aos cofres públicos.

“Os motoristas e os pedestres precisam de mais atenção e educação no trânsito. Respeitar as normas e o limite de velocidade, e atravessar na faixa de pedestres. Todos precisamos de uma reciclagem”, disse o motociclista, João Xavier.

De acordo com o Advogado Antônio Germano, a falta de educação no trânsito é responsável pela maior parte dos acidentes. “De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, a educação no trânsito deve ser passada desde a pré-escola, mas isso não acontece no país. Por conta disso muitos não sabem as regras na hora de conduzir o veículo e consequentemente geram acidentes”, concluiu.

Em nota a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) informou que a cidade conta com um equipamento que monitora a velocidade (lombada educativa que não gera multa) que está em operação na Rua Bingen.

Em relação as campanhas educativas, a CPTrans informou que realiza blitz com a Polícia Militar (PM) para coibir motos irregulares. Além disso, a Companhia fiscaliza estacionamentos irregulares; acompanha estatísticas de acidentes para implementação de sinalização viária, redutores de velocidade, faixa de pedestre e medidas cabíveis de engenharia de tráfego com fins de segurança e realiza blitz educativas visando grupos vulneráveis como ciclistas, pedestres e motociclistas.

A CPTrans disse também que promove palestras de educação para o trânsito nas escolas públicas da cidade, atividades essas que retornarão em breve.

Richard Stoltzenburg/Foto: Wendel Fernandes

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