Carros arrastados, lojas invadidas pela água e ruas que se tornaram rios… Parece até mais uma reportagem falando sobre a maior tragédia socioambiental, registrada em fevereiro deste ano, em Petrópolis. Mas infelizmente não é! Este é o cenário registrado neste domingo (20) na cidade. Mais uma vez o município ficou embaixo d’água. Duas horas e meia de chuva foram suficientes para alagar praticamente todas as regiões, já tão castigadas pela última catástrofe climática. A Defesa Civil informou que foram registrados 208,2 milímetros de chuva, e até às 18h30 não havia ocorrido nenhum deslizamento.

Na Praça Visconde de Mauá, mais conhecida como Praça da água, uma imagem simbólica e extremamente triste marcou mais esta enchente. As 233 cruzes, que homenageavam as vítimas fatais de fevereiro, foram arrancadas do gramado e levadas pela força da água. Assim como cada uma das vítimas que tiveram suas vidas ceifadas.  Em minutos fotos e vídeos desesperadores voltaram a tomar conta das redes sociais.

A população criticou a falta de atuação do poder público em serviços básicos de prevenção, como a desobstrução dos rios e desentupimento de ralos e bueiros. No Pronto Socorro do Alto da Serra, pacientes tiveram que ser realocados dentro da unidade, por conta da água que havia dentro do estabelecimento. A situação é ainda mais complicada devido à previsão de novos temporais para esta segunda-feira (21).

Entre as vias que apresentaram maior dificuldade de acesso estão às ruas do Imperador, Imperatriz, Coronel Veiga, Washington Luis, Alfredo Pachá, Rua Teresa, Aureliano Coutinho, Alto da Serra, Montecaseros, Bingen, Saldanha Marinho e ainda avenidas Barão do Rio Branco, Piabanha, Koeler e Ipiranga.

Em caso de emergência, a população deve ligar para os números 193 (Corpo de Bombeiros) ou 199 (Defesa Civil). A orientação é que os moradores de áreas de risco se desloquem para locais seguros. A Defesa Civil tem 19 pontos de apoio estruturados nas localidades para acolher a população que precisar sair de suas casas.

SEPE Petrópolis requer suspensão das atividades presenciais no dia 21/03, em razão das fortes chuvas

O SEPE Petrópolis requereu à Prefeitura e à Secretaria de Educação, através de ofício, a suspensão das atividades presenciais no dia 21 de março. O SEPE disse ainda, que a medida é extremamente necessária e visa preservar a segurança e a vida de toda a comunidade escolar.

“Esperamos que o bom senso e a responsabilidade prevaleçam. Todo o cuidado neste momento é pouco, principalmente após o ocorrido de fevereiro, que vitimou centenas de pessoas e do qual ainda não nos recuperamos”, diz a nota.

Foto: Marianny Mesquita