Desde o dia 15 de fevereiro, a Clínica Veterinária Popular recebeu para atendimento mais de 500 animais vítimas das chuvas em Petrópolis. Atualmente o espaço está com as 30 alas de internações ocupadas e agora a clínica conta com o sistema de tutela temporária para continuar dando assistência a estes animais.

“O lar temporário é o local onde o animal que foi vitimado nas tragédias aguarda recebendo cuidados e carinho. Por exemplo, o animal e seus tutores perderam a residência, e os donos foram para um abrigo, que é um local que não aceita animais, então eles ficam com um tutor temporário até a família original encontrar uma casa”, explicou o médico veterinário Guilherme Mayorga.

O cadastro para ser um tutor temporário é feito por meio de uma entrevista dando informações sobre residência, condições da família e se ela possui outros animais e crianças. Só depois os bichinhos são direcionados para o local após a avaliação técnica do tamanho, raça e espécie que se adeque melhor ao ambiente.

A tutela temporária dura em torno de três meses. Atualmente a clínica conta com 10 cães disponíveis para serem enviados para o lar temporário ou com adoção responsável, os animais são castrados e estão com todas as vacinas em dia esperando apenas por um lar.

“Os animais que estão em lar temporário recebem toda a assistência veterinária pela clínica, e ainda, a manutenção da alimentação, damos a quantidade de ração necessária pelo período que ele ficará na casa”, esclareceu Guilherme.

A clínica ainda precisa de doações para os animais que permanecem internados. Tapetes higiênicos, rações e alimentação úmida são os itens que eles precisam continuar com o trabalho voluntário. Até o momento mais de 30 animais cujos donos morreram nas tragédias deste ano, em Petrópolis, foram adotados.

“Todos os animais que passaram pela clínica fizeram controle parasitário, tomaram remédios de pulga, carrapato e vermífugo. Os sadios foram castrados, e estão sendo direcionados para o lar temporário e a adoção responsável com a melhor condição de saúde possível”, finalizou o médico veterinário.

Por Gabriel Faxola