Cerca de 300 rodoviários estiveram presentes nesta quinta-feira (31/03), no sindicato da categoria, para discutir a contraproposta apresentada pelo Setranspetro, que representa o patronal. Durante o encontro foi definido o estado de greve.

“A contra proposta dos patrões foi recusada de forma unânime”, esclareceu Edson de Oliveira, presidente do Sindicato dos Rodoviários.

No encontro também estiveram presentes representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que souberam da Assembleia durante uma manifestação promovida no Rio de Janeiro com funcionários da COLURB. Para eles os problemas de mobilidade encontrados em Petrópolis, e que envolvem diretamente os rodoviários, são graves.

“É uma inflação em números nunca vistos antes, se não lutarmos muito para valorização de salários, direitos dos trabalhadores e aumentar o poder de compra, os trabalhadores podem morre de fome! Eles não conseguem botar o filho na escola, pagar o aluguel, comprar 1kg de carne, pagar transporte… Infelizmente há uma crise na sociedade e quem está pagando o preço são os trabalhadores. Existem empresas de ônibus que não pagam salários há meses”, disse Carlos de Souza, secretário de organização da CUT RIO.

Após a confirmação do estado de greve os rodoviários podem paralisar 70% das atividades, a partir do dia 7 de abril, caso nenhum acordo seja estabelecido entre os sindicatos patronal e dos rodoviários.

Ernani Fagundes trabalha há três anos em uma empresa de ônibus, e diz que os últimos meses, têm sido massacrantes. “Os rodoviários não sabem o quanto vão receber, então assim, venceu o salário, após 10 dias eles depositam 30%, e depois 10%, ou seja, difícil arcar com os compromissos, e sustentar uma casa”, desabafou o rodoviário Ernani Fagundes.

POR GABRIEL FAXOLA