Por Richard Stoltzenburg/Redação Correio da Manhã

No próximo dia 16 de abril a conta bandeira tarifária verde voltará as contas de luz após o anúncio do fim da crise hídrica feita pelo Presidente Jair Bolsonaro, no início do mês. Com isso, a bandeira de escassez hídrica será suspensa e não haverá mais o acréscimo de R$14,20 a cada KWh.

O sistema de bandeiras tarifárias define o custo real da energia. Quando as condições de geração de energia não são favoráveis é necessário ativar as usinas termelétricas, que utilizam a queima de combustível para fornecer calor, aumentando os custos da geração e consequentemente da conta de luz afim de cobrir a diferença e diminuir o consumo no país.

Dentre as bandeiras, a verde não indica acréscimos na conta de luz. No entanto na bandeira amarela, há um reajuste de R$0,01874 para cada KWh, já abandeira vermelha, mais alta, adiciona R$0,03971 por KWh. Em setembro do ano passado foi adicionado um valor de R$14 KWh por conta da crise hídrica no brasil causada pela estiagem, considerada a pior 90 anos. A alteração tarifária interfere diretamente na economia do país. “quando uma das bandeiras é aplicado, consequentemente as contas de energia se tornam mias cara e com isso, a inflação se torna mais alta nesses casos, informou o professor de economia da FGV, Mauro Rochilin.

No brasil as usinas hidrelétricas são responsáveis por 65% da geração de energia do país, já a usina eólica, mais sustentável gera 9% do total. Para garantir o fornecimento no país e obter reserva de energia, o governo federal contratou térmicas emergenciais, e os prazos dos contratos vão até 2025.