Hoje (29) é celebrado o Dia Internacional da Dança. A data foi instituída pelo Comitê Internacional da Dança (CID), da Organização das Nações Unidas para a Educação, ciência e cultura (UNESCO), em 1982. O objetivo foi chamar a atenção para a importância da dança e incentivar governos de todo o mundo a fornecerem melhores políticas públicas voltadas à dança.

Desde as sapatilhas de ballet, até calçados de sapateado, dança do ventre, salsa ou hip-hop. O dia 29 abril é uma forma de homenagear quem encanta as pessoas com a arte de dançar. Neiva Voigt é Conselheira Suplente do Conselho de Cultura de Petrópolis, e trabalha no ramo desde 1979. Para ela, a dança tem diversas funções.

“A dança é arte, cultura, lazer, saúde e transforma o ser humano. É fundamental na vida de todo mundo! As pessoas deveriam perceber isso, porque quem dança é mais feliz, tenha certeza”, disse.

De acordo com a professora de dança Jéssica Lima, Petrópolis é um berço de artistas. “Sempre falei isso! Existem diversos artistas que saíram daqui e ganharam o mundo, seja no ballet, nas danças urbanas, contemporâneas, entre outras modalidades”, destacou.

Para Neiva a cidade reúne turismo e cultura, mas ainda não consegue unir esses segmentos: “A hora que entenderem como essa junção é fundamental, a gente transformará Petrópolis. Somos melhores que muitos lugares, desde a implantação do Sistema Nacional de Cultura da cidade até a criação de formas de acesso a cultura. Mas ainda há muito que se fazer”, salientou.

Para Jéssica a falta de espaço para os dançarinos tem sido um dos maiores problemas. “O Teatro Municipal não está aberto para a gente e não se sabe quando esta reforma acabará. O Centro de Cultura, não sei como ficou depois da pandemia, mas já estava limitado há muito tempo e ele fomentava muito a arte na cidade, e faz falta para os bailarinos esta máquina pública funcionando a nosso favor”, relatou.

A data foi escolhida pela UNESCO, porque é o nascimento do mestre francês Jean-Georges Noverre. Ele ultrapassou os princípios mais importantes da dança do seu tempo deixando mais simples a execução dos passos e sutileza nos movimentos. No Brasil o dia homenageia também o aniversário de Marika Gidali, a bailarina que fundou junto com Décio Otero, o “Ballet Stagium” em São Paulo no ano de 1971.

Para comemorar o dia, o festival “O Corpo Negro”, vai percorrer cinco cidades fluminenses: Rio de Janeiro, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Paraty e Petrópolis, até o dia 16 de maio, na programação, estão obras de dança criadas e executadas por artistas negros. Em Teresópolis, no dia 30 de abril das 15h ás 17h, as companhias de dança : Dançarte, Studio Rafaela Ribeiro, Dias de Dança, Núcleo de Dança, Mariana Ferreira, Carolina Falak e Ynara Zahirah, promovem a intervenção artística “Quem Dança é Mais Feliz”, como forma de homenagear o Dia Internacional da Dança.

Por Gabriel Faxola