Câmara dos Vereadores de Petrópolis estuda estratégia jurídica para reverter aumento da passagem de ônibus

O aumento da tarifa de ônibus, que não agradou a população petropolitana, agora é tema discutido entre os vereadores. A Câmara Municipal está buscando estratégias para reverter o aumento que deixou o preço da passagem em R$ 4,95, para quem realiza o pagamento em dinheiro e R$ 4,80, para quem usa o bilhete eletrônico.

“A gente está vendo algumas possibilidades jurídicas para que possa ingressar com uma ação popular no sentido de reverter o aumento da passagem. A gente não tem, só como vereador, como votar contra o aumento porque não passa pela Câmara. Então a gente precisa de uma estratégia judiciária para brigar na justiça para que essa passagem não fique no valor que está hoje”, explicou o presidente da Câmara dos Vereadores, Hingo Hammes.

O aumento na tarifa de ônibus começou a valer neste domingo (22), após ser aprovado pelo Conselho Municipal de Trânsito (COMUTRAN), no último dia 10. Apenas três meses após a maior tragédia que atingiu a cidade, a população enfrenta agora um gasto de mais R$ 1,10 contando as duas viagens de ônibus diárias.

O presidente da Câmara lembra dos problemas enfrenteados diariamente pelos petropolitanos com o transporte público, com atrasos e quebras constantes. “No passado, quando a gente esteve a frente da prefeitura, a gente conseguiu reduzir a passagem em R$ 0,20, com toda uma questão jurídica de subsídio. É uma discussão ampla mas vários municípios do Brasil vêm adotando essa ideia do subsídio para custear as gratuidades dos transportes para a população não pagar isso na conta. E principalmente, se a gente pagasse R$ 4,95 em um transporte lindo, maravilhoso e tudo funcionando bem, eu acho que nenhum cidadão iria reclamar. O problema é que hoje não funciona e quebra ônibus todo dia. A gente precisa ajustar isso para depois pensar em aumento de passagem”, lembrou.

Outro problema é que, desde o início da pandemia, a frota de ônibus em Petrópolis ainda não retomou 100% da sua capacidade. Hingo Hammes lembra também da Lei da Bilhetagem, já votada em 2021, quando estava a frente da prefeitura como prefeito interino, que poderia deixar o valor da passagem mais justo. “Ano passado nós aprovamos a Lei da Bilhetagem que, na prática significa que, hoje, quem controla todo esse valor é a Setranspetro. A lei sugere que esse controle passe para a CPTrans para que ela tenha controle total desses valores, com isso, a gente consegue brigar e verificar se o valor é muito ou pouco. Eu tenho certeza que R$ 4,95 é muito. A gente precisa colocar em prática a Lei da Bilhetagem e se adequar à ela”, explicou o vereador.

Por Raphaela Cordeiro

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