Empresas de ônibus de Petrópolis ainda não retornaram com 100% da frota

As empresas Cascatinha, Turp, Cidade Real, Cidade Das Hortênsias e Petro Ita, que prestam o serviço de transporte público em Petrópolis, deveriam ter retornado com a circulação de 100% da frota dos ônibus, e cumprir todos os horários como era antes da pandemia, no último sábado (25), conforme o prazo estabelecido pela justiça. Mas o retorno não aconteceu.

De acordo com a prefeitura a CPTrans tem fiscalizado o cumprimento da decisão judicial para a volta de 100% da operação, por meio de sistema eletrônico de GPS. Em caso de descumprimento da determinação judicial, a CPTrans vai punir as operadoras com base no regulamento municipal de transporte e encaminhará ao juízo da 4ª Vara Cível relatórios diários acusando o descumprimento da decisão judicial.

Se as empresas não cumprirem a ordem, vão ter que pagar ainda uma multa de quase R$ 370 mil, além de mais R$ 80 mil a cada dia de descumprimento. As empresas devem manter 100% da frota em circulação nos dias úteis,75% aos sábados e 50% aos domingos e feriados. Em nota, o Setranspetro informou que as empresas de ônibus estão empenhadas para o retorno de 100% da frota. Neste momento, o sistema ainda encontra dificuldades relacionadas aos prazos de seleção e recrutamento dos profissionais, principalmente, por conta do espaço de tempo do prazo laboratorial, para o exame toxicológico, exigido para os motoristas. Por esta razão, as empresas estão recorrendo da decisão.

As reclamações são frequentes. Diariamente quem depende do transporte público se depara atrasos e ônibus quebrados, e precisam se virar para não perder o compromisso, ou o dia de trabalho. Segundo os passageiros, o tempo de espera no terminal, é de até uma hora e meia. “Já teve dias que fiquei mais de uma hora esperando o ônibus, porque não respeitam o intervalo de tempo e chegam as duas linhas ao mesmo tempo nos pontos”, reclama a doméstica Carmem Lúcia.

Outra questão que tem dado o que falar é a dupla função dos motoristas, que além de dirigir, precisam cobrar a passagem. Em 2019, uma lei municipal, que proíbe as empresas de ônibus de fazerem a prática da dupla função, de motorista e cobrador nos ônibus municipais, foi sancionada. A medida é autorizada apenas para os ônibus executivos, que o valor da tarifa é mais cara. “Sabemos que Petrópolis tem muitos morros, então fica difícil para os motoristas prestarem atenção na rua, nos passageiros e no dinheiro. Estamos nos mobilizando contra a dupla função”, disse a conselheira do Comutran, Janaína Bernardino.

Por Larissa Martins/ Foto: Wendel Fernandes

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