Carolina Freitas é a escritora mais jovem a tomar posse na Academia Petropolitana de Letras

Em cerimônia realizada no último sábado (25), a Academia Petropolitana de Letras (APL) empossou Carolina de Souza Freitas. A jornalista, de 23 anos, ocupa agora a cadeira de número 14, sendo a mais jovem a tomar posse nos 100 anos da Academia. Carolina substitui Fernando Py na cadeira que tem como patrono, Raimundo Correia.

“É uma emoção sem igual. Foi uma honraria, mas também a demonstração de uma grande confiança que, não só os petropolitanos como os acadêmicos tem em mim. Isso me dá muita energia para continuar e iniciar esse novo capítulo da minha história”, disse a jornalista.

Carolina conta da responsabilidade que é estar na Academia de Letras e, principalmente ocupando uma cadeira que já pertenceu a grandes nomes. “É uma enorme responsabilidade. É de praxe quando a gente toma posse na Academia fazer uma pesquisa sobre os nossos antecessores na cadeira. Os meus são grandes nomes da literatura, que tiveram um grande peso e uma atuação muito grande na cidade. Foram Décio Cesário Alvim, o doutor Nelson de Sá Earp e o Fernando Py. São pessoas que eu vou buscar honrar a partir da minha atuação na Academia e me inspirar nesse legado que eles deixarem, para buscar fazer algo tão bonito quanto eles”, ressaltou.

Carolina Freitas também é escritora. Ela já tem no currículo a publicação de seu primeiro livro “Petrópolis: o comércio de ontem, a saudade de hoje”. O livro traz histórias sobre o comércio que já foi extinto na cidade, reacendendo memórias. “Eu sempre fui fascinada pela arte de contar histórias e eu tenho feito isso a partir do jornalismo literário. É uma área que realmente me encanta e eu tenho buscado me atualizar. Isso é muito bacana porque na cidade poucos são os profissionais que atuam no jornalismo literário, que é justamente essa combinação de jornalista com essa sensibilidade do escritor. Eu vivo sempre nesta missão de honrar a memória das pessoas”, contou a escritora.

Contando essas histórias, Carolina idealizou o projeto “Petrópolis Sob Lentes” que busca resgatar a memória da cidade. Recentemente, ela firmou uma parceria com o departamento de Arquitetura e Urbanismo da UERJ Petrópolis para desenvolver conteúdos mensais sobre o patrimônio local. Na pandemia, a escritora também começou a falar sobre o comércio ativo, em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis (CDL).

Durante as suas entrevistas, ela desenvolveu curta metragens para ilustrar as histórias, fazendo com que elas também saíssem do papel. “Eu desenvolvi, por conta própria, alguns curta metragens sobre o comércio tradicional, tudo pelo meu celular. Eu que fiz todo o roteiro, edição, entrevistas e divulgação. Na semana passada, eu tive a notícia de que meu primeiro curta metragem foi selecionado para o prêmio Argila de Audiovisual da cidade. É a primeira edição do prêmio e eu tive a satisfação de estar ali entre grandes nomes do audiovisual local”, contou Carolina.

O trabalho da escritora já foi reconhecido pelos prêmios Alcindo Roberto Gomes, de jornalismo, e Maestro Guerra-Peixe de cultura, na categoria comunicação.

Por Raphaela Cordeiro/Fotos: Yara Araújo

Compartilhe!

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.