No último domingo (4), moradores de Corrêas, em Petrópolis, solicitaram socorro ao Corpo de Bombeiros após dois balões caírem em uma região de mata, na Pedra da Mandagua. Militares dos quartéis de Petrópolis e Itaipava atuaram na ocorrência, com acesso pela Rua Doutor Agostinho Goulão. Segundo relatos de moradores em grupos de mensagens, havia na região, dois balões chamados de fogueteiros.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o quartel foi notificado às 8h30 e, só conseguiram retornar ao quartel às 19h13, após o incêndio ser debelado. Nos meses de junho e julho é comum que ocorram as tradicionais solturas de balões, que muitas vezes resultam em incêndios florestais. Mas, a prática é crime e pode resultar em multa e até detenção. Além disso, queimar lixo em casa, soltar guimbas de cigarro nas ruas e fazer fogueiras ao acampar, também são hábitos que podem causar grandes queimadas e tragédias ambientais.

“A população tem uma responsabilidade muita grande nesse aspecto. Principalmente em relação a soltura de balões. Sabemos que alguns consideram a prática apenas como uma tradição, mas ela é crime. Por isso pedimos o apoio da população, para que todos ajudem o poder público nessa campanha de redução de queimadas”, ressaltou o Secretário de Defesa Civil, Gil Kempers.

Com o início do inverno no dia 21 de junho, foi colocado em prática o “Plano Inverno 2022” da Secretaria de Defesa Civil, em parceria com o Corpo de Bombeiros, IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que tem o objetivo de nortear as ações preventivas para o período de estiagem. Mas apenas entre os dias dia primeiro de maio e 17 de junho, já tinham sido registrados pelo menos três incêndios em vegetação e 11 queimadas.

“É um conjunto de coisas que acontecem e a maior observação neste momento é que a umidade relativa do ar costuma estar mais baixa. Com essa condição mais seca da vegetação, os incêndios florestais se tornam uma ameaça ainda mais real”, explicou o secretário.

Em caso de emergência a orientação é que a população acione os órgãos competentes através do 193 – Corpo de Bombeiros e 199 – Defesa Civil.

Por Raphaela Cordeiro