Quase quatro meses após aquisição, o prédio da Rua Marechal Floriano Peixoto, em Petrópolis, ainda não foi liberado para os desalojados das chuvas que atingiram a cidade. No dia 15 de março a prefeitura sinalizou a compra do prédio, que foi adquirido com recursos enviados pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), no valor de R$ 3,5 milhões.

O imóvel conta com 20 kitnets e 12 apartamentos e pode abrigar até 32 famílias. Em um primeiro momento, a Prefeitura de Petrópolis havia informado que o local serviria de moradia para as famílias que estão em pontos de abrigo, desde as chuvas do dia 15 de fevereiro. Depois, foi anunciado que os apartamentos poderiam servir como abrigamento transitório, onde as pessoas seriam alocadas até conseguirem um lugar definitivo, por meio do aluguel social.

No dia 16 de maio a prefeitura concluiu o pagamento da compra do prédio. Em comum acordo com a única herdeira do imóvel, o valor foi quitado em juízo, por meio de ação de consignação em pagamento. A Comdep já realizou a limpeza do local, que ainda não foi liberado para utilização.

“Existem algumas unidades que precisam de pequenas intervenções. O prédio é novo, mas já tem 60 anos. Foi um ótimo negócio para o município, porque se fizemos uma conta rápida, as unidades saíram por pouco mais de R$ 100 mil. Não há nenhuma unidade no Centro de Petrópolis por este preço”, disse o Secretário de Administração e Recursos Humanos, Ramon Mello.

O imóvel vai levar o nome de Gabriel Vila Real, adolescente, de 17 anos, que foi uma das 234 vítimas das chuvas de 15 de fevereiro. Ele estava em um dos ônibus que foram arrastados pelas chuvas na Rua Washington Luiz. O secretário informou ainda, que o prédio está com entrada liberada para visitas da imprensa. A nossa equipe solicitou visita na última sexta-feira (1), mas até o fechamento desta matéria, não obtivemos resposta.

Raphaela Cordeiro