Polícia investiga agressão contra adolescente. Caso aconteceu na escola São Judas Tadeu, em Petrópolis

Um adolescente, de 14 anos, foi espancado três vezes no mesmo dia, por um colega de turma, na Escola São Judas Tadeu, que fica na Rua Mosela, Em Petrópolis. O local que deveria ser de aprendizado se tornou cenário de violência. O caso aconteceu em meados de maio, mas só veio a tona esta semana. Segundo a mãe do menino, que preferiu não se identificar, o filho foi espancado uma vez em sala de aula, outra durante o recreio, e por fim no ponto de ônibus, após o término da aula, totalizando três agressões em um curto espaço de tempo. Apesar disso, ele só contou sobre o ocorrido dias depois.

Ainda segunda a mãe, por conta das agressões, o adolescente teve que passar por uma cirurgia para remoção de um dos testículos e ainda corre risco de ter que retirar o outro e ficar estéril. Ela reclama que a direção da escola não tomou nenhuma providência contra o agressor e ainda manteve ele e a vítima estudando juntos.

A Polícia Civil informou que a partir de notícias veiculadas na mídia instaurou um procedimento para apurar as supostas agressões contra o adolescente, tendo em vista que o fato não havia sido comunicado pelos familiares, nem pelo hospital que atendeu a vítima, ou pela direção do colégio.

Segundo o promotor da 1ª Promotoria da Infância e Juventude, Vicente De Paula, o Ministério Público está apurando as informações. “Ainda estamos apurando o caso e tentando entrar em contato com a mãe do jovem. O MP vai instaurar procedimento e tomar as medidas necessárias. A escola será oficiada para explicar porque a instituição não informou as autoridades sobre as agressões.”, explica o promotor.

Por meio de nota, a Escola São Judas Tadeu, conveniada à Mitra Diocesana e a Diocese De Petrópolis, esclareceu que a equipe da escola tomou todas as medidas administrativas legais cabíveis, à época, observando a legislação vigente, em especial o estatuto da criança e do adolescente. Toda a documentação referente ao suposto caso, bem como a íntegra das gravações do sistema de monitoramento foram encaminhados à autoridade policial competente, bem como foi registrado boletim de ocorrência.

Em nota, a Secretaria de Educação informou que a escola comunicou o ocorrido e já tomou todas as providências necessárias, como a transferência do menor para outra unidade escolar, assim que a solicitação foi feita pela mãe na última segunda-feira (15). A direção da escola afirmou que só foi comunicada do caso 12 dias depois pela família do estudante. As imagens das câmeras de segurança da escola foram verificadas pela equipe da unidade e não flagraram nenhum tipo de briga dentro do ambiente escolar. A Secretaria ressaltou também, que tem implantado projetos para a redução de casos de violência dentro das unidades escolares. Um deles é o “Fala Que Eu Te Escuto” que vai iniciar campanha nas escolas contra o bullying.

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