Profissionais da educação de Petrópolis ainda não receberam os valores do dissídio coletivo

Na última terça-feira (23), os profissionais da educação de Petrópolis realizaram uma manifestação cobrando o recebimento do dissídio, que está em atraso. O protesto aconteceu em frente à sede da prefeitura e à câmara dos vereadores. Julho é o mês que ocorrem os dissídios para os servidores públicos. Todos os anos há esse reajuste no meio do ano, mas até o momento não foi divulgado percentual e nenhuma data provável para que ele aconteça neste ano.

Este reajuste acontece para todas as categorias de servidores públicos, com recursos enviados pelo governo federal exclusivamente para este fim. A manifestação desta semana foi organizada pelo Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE). “Anualmente, nesta época, é o período de negociação tanto de reajuste, quanto de reposição de perdas inflacionárias e outras pautas, como no nosso caso, vale alimentação e outras questões”, explicou a coordenadora-geral do SEPE Petrópolis, Rosi Silveira.

De acordo com o sindicato, o pedido de reajuste é de 20%, por conta das perdas salariais dos últimos anos, quando não houve reajuste salarial em virtude da pandemia. O SEPE chegou a se reunir com a prefeitura e foi passado que o percentual não havia sido definido ainda. Durante a reunião, ficou definido que este acordo seria divulgado no dia 20 de agosto, no entanto, até hoje os profissionais aguardam a contraproposta.

Na terça-feira, os profissionais que manifestavam não foram recebidos por nenhum representante da prefeitura. “Quando nós chegamos na prefeitura, fomos informados que não havia ninguém para nos receber, o que é estranho, já que ainda eram 17h, horário de funcionamento regular. Ficamos lá até as 18h e nos encaminhamos à Câmara dos Vereadores, para cobrar deles um posicionamento de apoio em relação à causa, que não é só da educação. Esse dissídio é de todos os servidores da prefeitura”, explicou Rosi.

De acordo com o sindicato, desde esse dia, os profissionais ainda não receberam nenhum posicionamento do governo municipal. Estes recursos são pagos com verbas carimbadas e específicas para estes reajustes, o que significa que este dinheiro não pode ser direcionado para outro fim. “O dissídio da categoria sempre era respeitado. Nos dois últimos anos tivemos estes problemas. Mas agora não há mais a alegação da pandemia ou da própria situação das chuvas porque as verbas da educação são verbas carimbadas. São verbas federais que chegam regularmente nos dias 10, 20 e 30 e esse dinheiro é depositado nas contas da prefeitura. Então não há motivo para alegar qualquer tipo de situação local para interferir nisso”, explicou a coordenadora-geral do SEPE.

Caso não haja um novo posicionamento da prefeitura, o sindicato informou que vai realizar uma nova manifestação, e vai convocar outras categorias empregadas pelo Governo Municipal, que também tem direito ao reajuste salarial.

A Prefeitura informou em nota, que houve um grande impacto financeiro nos cofres municipais após as chuvas de fevereiro e março, e que está fazendo estudos para garantir a concessão e manutenção do dissídio para todos os servidores.

A Prefeitura disse ainda que pagou dois abonos para os servidores da Educação (referentes ao rateio do superávit do Fundeb). O primeiro foi pago no dia 30 de dezembro e o segundo no mês de abril (representando um décimo quarto salário para os profissionais da Educação).

Por Raphaela Cordeiro

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