Petropolitanos afirmam que aplicativo “Consulta Fácil”, criado pela prefeitura, não funciona

“Agendar é mole, o difícil é ser atendido pelo médico. Faz oito meses que estou na fila aguardando ser chamada pra atendimento com um angiologista”. Este é o depoimento de apenas uma das dezenas de pessoas que denunciam as dificuldades para conseguir agendar uma consulta médica em Petrópolis. As reclamações aumentaram ainda mais, após o anúncio da prefeitura de Petrópolis sobre a implantação do aplicativo “Consulta Fácil”, que foi criado justamente para facilitar o processo de marcação de consultas em unidades de atenção básica. Apesar disso, a realidade é outra e os petropolitanos enfrentam uma verdadeira maratona em busca de atendimento médico na cidade.

Além de não conseguirem agendar as consultas médicas por meio do aplicativo, alguns petropolitanos afirmam que estão há meses, aguardando a disponibilidade na agenda de especialistas da rede pública de saúde. Para realizar exames então, a situação é ainda pior.

Em outro relato uma mulher denuncia que mesmo diante de uma gestação de risco, precisou aguardar sete meses por um exame de pré-natal e mesmo assim ela só foi atendida no Ambulatório Escola. Outro paciente afirma estar há um ano e quatro meses aguardando por uma ultrassonografia. Devido a demora ele decidiu recorrer a rede privada de saúde. O mesmo ocorreu com a aposentada Maria Elizabeth Jacinto Dias, que após ser diagnosticada com câncer de mama, em março do ano passado, precisou fazer os exames na rede particular de saúde.

“Eu estou com câncer de mama e para conseguir um atendimento por uma mastologista, mesmo com os exames prontos, precisei ir até a Secretaria de Saúde brigar com funcionários para ter atendimento. É um sentimento de tristeza, porque eu corri atrás, briguei e consegui, mas até este processo foi muito complicado”, desabafou Elizabeth Jacinto Dias.

Diante de tanta reclamação, a equipe de jornalismo da TV Correio da Manhã decidiu tentar agendar uma consulta por meio do aplicativo, mas o resultado também foi frustrante. Não foi possível sequer finalizar o cadastro. Isso porque no APP foi solicitado o CEP do paciente, mas não havia um espaço destinado para o preenchimento da informação exigida.

Por Gabriel Faxola

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