Atrasos, coletivos quebrados e superlotação. Petropolitanos sofrem no transporte público

Para o petropolitano problemas com os ônibus não são novidade. Nesta terça-feira (18), o Terminal de Itaipava registrou uma grande fila, na linha 700, que é responsável por levar os passageiros ao Centro de Petrópolis. A demora gerou desconforto e indignação nas redes sociais. Para a doméstica, Fátima Vieira, os atrasos nos ônibus são comuns.
“Hoje eu fiquei mais de meia hora para conseguir um ônibus para a Coronel Veiga. Eu já tive problemas seríssimos com o horário. Eu justificava para os meus chefes que não tinha transporte no horário certo e por isso os atrasos, mas eles não entendiam a situação”, disse ela.
Sujeira, ônibus atrasados, superlotados e até portas soltas. No último domingo (16), um coletivo da linha 700 da empresa Turp, estava na altura do Retiro e seguia para Itaipava, quando uma das portas caiu no meio da rua com o ônibus em movimento. Imagens publicadas nas redes sociais flagraram o momento em que o motorista e o cobrador do coletivo retiram o equipamento da via.
Já esta semana a linha 448, Olga Castrioto da empresa PetroIta também apresentou problemas e novamente os passageiros registraram o ocorrido. Nas imagens é possível ver faíscas e fumaça próximo a porta de entrada, o que gerou pânico entre os passageiros. Além deste incidente, os coletivos da linha registraram mais duas falhas mecânicas em apenas dois dias na localidade.
O Sindicato de Empresas de Transporte Rodoviários Petrópolis (Setranspetro) informou que a PetroIta já identificou a falha e o veículo, que faz a linha Olga Castrioto, passou por manutenção. Já no caso do 700, a Turp Transporte informou que um parafuso de fixação da porta quebrou, e o coletivo foi substituído após o acidente. Mas para os passageiros que necessitam do transporte público, como a dona de casa Rosângela Neves, o valor cobrado não condiz com as condições dos veículos.
“Existem outros municípios em que a passagem é muito mais barata e os ônibus estão em boas condições. A cidade está abandonada”, desabafou Rosângela.
Por Gabriel Faxola