A Prefeitura de Petrópolis, através da Comdep, iniciou o projeto de recuperação ambiental do aterro de inertes no terreno da Reserva Biológica do Tinguá, conhecida como “Fazendinha”, às margens da BR-040. De acordo com a prefeitura, a recuperação vai acontecer em três etapas: análise de risco e estabilidade do aterro; programa de recuperação da área degradada (PRAD) e projeto executivo de drenagem. A execução dos projetos ficará a cargo da Secretaria Estadual de Infraestrutura e Obras (Seinfra) e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

A recuperação ambiental da “Fazendinha” foi estabelecida após reunião realizada entre o Ministério Público Estadual, Comdep, Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Instituto Estadual do Ambiente (INEA), e representantes do Governo do Estado.

A Comdep tinha até o fim deste mês para contratar um projeto de recuperação ambiental do terreno. A reserva não tem licenciamento para o descarte dos resíduos. Esta autorização deveria ter sido solicitada pela prefeitura, já que é uma área de amortecimento da reserva.

Após a tragédia de fevereiro, foi autorizado que a área fosse utilizada apenas como bota-fora emergencial, quando foram descartados aproximadamente 400 mil toneladas de detritos. Mas, o trabalho da prefeitura desmatou parte da vegetação que fica dentro dos limites da unidade. No dia 5 de julho, o aterro foi embargado, por um auto de infração emitido pelo Instituto Chico Mendes de Biodiveridade (ICMBio), por meio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que determinou o encerramento das atividades.

Por Raphaela Cordeiro