Dor crônica atinge 37% da população brasileira

A dor já faz parte da rotina de muitos brasileiros, seja ela na cabeça, joelhos, ou coluna, ela pode se tornar crônica após três meses do início. De acordo com a Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED), ao menos 37% da população brasileira, cerca de 60 milhões de pessoas, relatam sentir dor de forma crônica.
O ortopedista, Fábio Segall, explica quando o paciente deve ficar atento para algo mais grave. “A dor aguda pode até alertar sobre danos que estão acontecendo no organismo. Mas a dor crônica é uma doença e pode alterar outros sentidos do paciente, assim como sono, humor e até mesmo levar à depressão. Não há cura”, explica.
Há muitas possibilidades de tratamentos, mas a enfermidade precisa ser investigada e acompanhada por especialistas para evitar a evolução para algo mais grave. Quando não tratada, a patologia gera impacto biológico, psíquico, econômico e social em uma dimensão muito maior que as pessoas conseguem imaginar.
“O tratamento é feito com medicamentos que vão aliviar a dor, sofrimento e proporcionar uma melhora de vida. Vão ser utilizados analgésicos, anti-inflamatórios e antidepressivos que atuam nas reações químicas e neurotransmissores do sistema nervoso que geram a dor”, conta o especialista
Durante a avaliação, o profissional utiliza a escala visual analógica de dor (Eva) que vai de 1 a 10. Se o paciente relatar o sintoma de 1 a 3 é dor leve, de 4 a 6 é dor moderada e de 7 a 10 é dor severa. Normalmente alguma pessoa se manifesta de maneira tão intensa, que chega a gerar aflição nas outras pessoas, quando a dor é 9 e 10. Mas todas as dores de intensidade de 4 a 8 causam prejuízo na vida da pessoa que a possui.
O uso excessivo do celular pode contribuir pra o aumento da algia (termo técnico utilizado por profissionais da saúde para relatar a dor) principalmente para as dores na região da coluna. A Organização Mundial Da Saúde (OMS) diz que 80% dos adultos vão sofrer pelo menos uma crise aguda de dor nas costas durante a vida, sendo que 90% das pessoas podem ter mais de uma vez. “Normalmente quando utilizamos o celular, exceto para fins de trabalho, é para lazer e entretenimento, neste momento estamos mais relaxados e a tendência é não se preocupar com a postura. Dependendo da posição que ficamos ao usar o smartphone pode contribuir para problemas tanto na lombar quanto na cervical”, conclui.
Por Larissa Martins/imagens: Pexels