Castelânea, em Petrópolis, apresenta problemas de mobilidade urbana

Desde as tragédias de fevereiro e março deste ano, a localidade da Castelânea em Petrópolis vem apresentando problemas frequentes. Os buracos, terra e água dificultam cada vez mais a passagem dos moradores pela localidade e as obras de pavimentação que são de responsabilidade do município ainda não foram realizadas.

De acordo com a presidente da associação de moradores da Castelânea Juliana Esteves, os moradores não foram informados de quando as obras serão iniciadas. “A gente não tem essa informação, e as chuvas do verão estão chegando e nada muda. A obra na Rua Cond’eu que é realizada pelo Estado está em andamento, mas um grande problema é a falta de drenagem na região”, disse.

Os núcleos comunitários de Defesa Civil, mais conhecidos como Nudecs, são formados por grupos de moradores voluntários que vivem em áreas de risco. Eles são capacitados pela prefeitura, por meio da Secretaria de Defesa Civil e ações voluntárias, para atuarem na prevenção de desastres naturais. Devido à falta de dragagem no Rio Verna, procedimento que já foi determinado pela 4ª vara, que seja feito o mais rápido possível, a situação no local tem ficada cada vez pior. De acordo com a subcoordenadora do Nudec Castelânea, Luciana Viveiros, nos últimos dias agentes do Nudec observaram que o rio sofreu diretamente com as chuvas contínuas desta semana e os efeitos refletiram também nas calçadas e no asfalto da Rua Cond’eu.

“Com certeza na cabeceira do Rio Verna a chuva foi mais acentuada, e isso fez com que ele desviasse de curso. O rio transbordou e começou a passar por dentro da casa de um morador e veio para rua, e quando a água invadiu as calçadas aconteceu parte desse estrago”, esclareceu.

Uma das rotas de fuga identificadas pelo Nudec é pela Servidão Luis Macedo, onde foi instalada uma ponte de madeira para a passagem dos moradores. Mas durante o mapeamento participativo realizado nesse segunda-feira (02), foi verificado que a ponte já apresenta risco.

A dona de casa Alessandra Raquel Assumpção, precisou abandonar a casa em que vivia na Rua Primeiro de Maio, porque a servidão que dá acesso ao imóvel está obstruída desde as tragédias do início deste ano. A obra inicialmente era de responsabilidade da prefeitura, mas após cinco meses sem atuação, o estado precisou interferir.

“É muita tristeza de ver o que aconteceu. Quando eu sai para trabalhar e voltei, já não tinha mais casa para morar. Ter conhecimento que vizinhos morreram nessa tragédia, é tudo muito ruim! Sentimento de muita tristeza sem demagogia”, desabafou.

Por Gabriel Faxola

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