Durante todo o mês, a campanha Novembro Azul tem o objetivo de conscientizar os homens sobre a própria saúde. Entre as preocupações, está o câncer de próstata, doença que mais acomete a população masculina no Brasil. De acordo com os especialistas, os exames para detecção precoce são essenciais pois, caso o diagnóstico seja feito no início, as chances de cura são de 90%.

Para aumentar as chances da detecção precoce da doença é necessário visitar o médico pelo menos uma vez ao ano. “Para a detecção do câncer de próstata são necessários dois exames, sendo o de toque retal, que leva em média 15 segundos e o de sangue, para medir o PSA. O paciente ainda precisa realizar os dois exames para um diagnóstico preciso”, informa o urologista André As Earp.

O médico André Sa Earp alerta para um tabu entre a população masculina para a realização do exame. “Os homens a partir de 45 anos que tiveram algum histórico familiar e a população masculina acima dos 50 anos, devem realizar o exame, mas não é necessária uma preparação ou ter medo. O exame é indolor e bem rápido, mas muito importante. Caso os resultados sejam normais, a recomendação é que ele seja feito uma vez ao ano”, disse.

Mas mesmo que o resultado seja negativo é necessário continuar com as visitas ao médico, visto que a próstata pode crescer de maneira benigna ou maligna com o avanço da idade. “A próstata é uma glândula que se localiza na parte baixa do abdômen masculino, que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. Sua função é produzir um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozoides. Ela tende a crescer naturalmente, por isso, mesmo que o primeiro resultado seja negativo, a próstata pode crescer de maneira maligna e avançar para um tumor”, explica André.

O câncer de próstata é uma doença silenciosa, por isso, o médico recomenda o acompanhamento. O especialista ainda ressaltou a importância de jovens também cuidarem da saúde, visto que os cânceres de pênis e testículos por exemplo, atinge o público entre 15 e 35 anos. Os tratamentos variam de acordo com o paciente e o estágio em que o tumor foi diagnosticado.

Por Richard Stoltzenburg