Briga entre agente da CPTrans e ‘flanelinha’ viraliza na internet

Na semana passada, circulou nas redes sociais um vídeo que mostra uma briga entre um ‘flanelinha’ e um funcionário da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans). A briga aconteceu na Rua da Imperatriz, em frente ao Museu Imperial. No vídeo é possível ver que os dois homens trocam chutes e ponta-pés, até que, ao atravessar a rua o ‘flanelinha’ é surpreendido por um funcionário de colete laranja, que o derruba no chão.
De acordo com a CPTrans, o ‘flanelinha’ que aparece no vídeo teria depredado placas de sinalização, jogando-as no rio com o ajuda de duas pessoas. A Companhia informou ainda que, a prática apresentada no vídeo não faz parte das normas de conduta orientadas aos colaboradores e, por isso, o agente de trânsito envolvido na briga foi afastado dos serviços. Ainda de acordo com a Companhia, o segundo homem que aparece no vídeo, de colete laranja, é terceirizado da Prefeitura de Petrópolis. Ele também foi desligado.
No trecho da Rua da Imperatriz funciona a área azul do estacionamento rotativo municipal. E por isso, é de responsabilidade da Prefeitura a cobrança do estacionamento, através da empresa Sinalpark. Desta forma, os motoristas não precisam pagar nenhum valor a mais aos ‘flanelinhas’. Porém, aos finais de semana, quando estacionamento rotativo não é cobrado, é quando os flanelinhas atuam.
A ação dos ‘flanelinhas’, por si só, não representa crime, pois não há essa conduta específica no Código Penal Brasileiro. Por outro lado, dependendo de como o ‘flanelinha’ aborda as pessoas, ele pode cometer diversos crimes, como extorsão, ameaçando motoristas ao pedir dinheiro. Por isso, alguns motoristas preferem dar o famoso “trocadinho”, para que o veículo fique em segurança e não seja depredado.
Mas, para alguns motoristas petropolitanos, o trabalho é justo e, em determinados casos, sentem até mais segurança quando tem alguém trabalhando para proteger os veículos estacionados na rua. “Eu entendo que eles precisam trabalhar e ganhar o dinheiro deles. Eu sou contra a forma que o guarda levou a situação. Se ele estava errado, tinha que leva-lo até a delegacia e não partir para a agressão. Eles nunca me abordaram com agressão ou grosseria e eu nunca me senti intimidado”, disse o motorista de aplicativo, Pablo Câmara.
A CPTrans lembrou também que o vandalismo é crime, de acordo com o artigo 163 do Código Penal, e pede a colaboração de todos os petropolitanos para coibir e denunciar a prática. Com relação aos flanelinhas, a Prefeitura informou que a Guarda Civil Municipal atua nas regiões onde há denúncias, orientando os mesmos sobre a prática ilegal de extorsão ou intimidação dos motoristas.
Por Raphaela Cordeiro/Foto: reprodução redes sociais