No último dia 16 de março a Casa de Cultura Cocco Barçante comemorou 10 anos da sua fundação. A Casa de Cultura funciona como uma galeria de arte valorizando o trabalho de artesanato dos artistas fluminenses. Com o tempo o espaço cresceu e se tornou um importante ponto de encontro de diversos segmentos artísticos. Além das comemorações a casa vai promover exposições até em Portugal e terá novas duas salas de exposição.

A primeira sala inaugurada vai homenagear o artista popular Getúlio Damado, carioca natural do bairro de Santa Teresa. O trabalho de Getúlio busca retratar o seu bairro e bondes da região por meio da reutilização de materiais. As produções de Getúlio ultrapassaram os limites territoriais do Brasil com apresentações na Alemanha, França e Portugal. A sala também vai receber um texto sobre o artista, escritor pela designer Maristela Pessoa.

A segunda sala será em homenagem à advogada de direitos humanos Eny Moreira e receberá o nome “Sala Eny Moreira, Artesanato e cidadania”. O ambiente contará com uma exposição da coleção de bonecas que foi deixada pela advogada. Eny colecionava bonecas de diversos países e possuía um acervo de mais de 130 itens. “Mostra essa importância do artesanato no registro da visita turística porque todas essas bonecas foram compradas em viagens e passeios”, comenta o dono do museu, Cocco Barçante. A inauguração das novas salas acontece no sábado (25), às 15h em sua sede na Rua Coronel Veiga, nº 1734

Além das novas salas, o museu prepara dois momentos internacionais que ocorrerão em breve. No dia 30 de março, vai ser oferecida uma visita guiada online ao Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa Portugal. No mês de junho será a vez da segunda exposição Internacional do artista Cocco Barçante, em pareceria com artesãs e artesãos que integram ao grupo de artistas com obras no Museu do Artesanato. O evento será realizado na Galeria Arte Graça, na cidade de Lisboa, com o tema “Territórios Afetivos, 200+1”.

A mostra retrata a relação das pessoas com os seus territórios interiores e territórios geográficos. A curadoria é da professora Lucimar Cunha, diretora da Faeterj Petrópolis. No ano passado, Cocco realizou a primeira exposição internacional do museu na mesma galeria. “Quando você realiza uma exposição fora do seu local de inspiração, você está levando a sua cultura, o talento dos artesões, e o quanto do nosso trabalho artesanal é bem aceito em outros territórios, em outros olhares e outras culturas.” diz Cocco.

Por Guilherme Mattos/Foto: arquivo