Moradores da Rua Carolina Justen, em Petrópolis, denunciam a condição precária da via e falta de iluminação na região

A Rua Carolina Justen, na Vila Militar, tem sido alvo de abandono por parte do poder público. Os moradores reclamam dos buracos e do desnivelamento da rua que atrapalha não só os veículos, mas também oferece risco de queda, principalmente para os idosos e crianças que vivem na região. A dona de casa, Maria Garcia, de 76 anos, têm dificuldades de locomoção e devido às condições da rua, fica limitada sem poder sair de casa. Ela teme cair e se acidentar.

“São inúmeros problemas aqui, inclusive, na parte de cima da rua e, também no início, precisamos andar no escuro, correndo o risco de algo ruim acontecer. Eu não saio mais de casa, porque tenho medo de cair. Quando saio precisa ser acompanhada de uma pessoa ou utilizando bengala. Mas, claro, utilizo aplicativo particular, porque é impossível descer a via a pé”, conta a idosa.

A situação segue desde a chuva de março de 2022 quando a localidade foi atingida por deslizamentos. Além da condição precária da rua, a aposentada Maria Lúcia Barreto, reclama também que teve a casa interditada, mas até hoje a defesa civil não retornou para reavaliar o imóvel. “Dá uma tristeza ver minha casa correndo risco de ceder. Ela é uma herança que meu pai deixou para mim. Moro aqui há mais de 50 anos e agora estamos abandonados. Se perguntar, ninguém sabe que aqui também teve barreira, porque estamos esquecidos”, reclama a aposentada.

Boa parte dos postes está com as lâmpadas queimadas. Durante a noite, os moradores se arriscam passando no escuro para chegarem até as casas. O trajeto é feito a pé, porque o ônibus só leva os passageiros até a rua principal. O local sofre também com a falta de poda. A rua é tomada pela vegetação com frequência, inclusive, o corrimão que auxilia os pedestres a subirem e descerem em segurança. Com isso, os próprios moradores se reúnem para cortar o mato.

Quando chove, devido ao desnivelamento da via, a água invade as casas, gerando acumulo de líquido no solo. Para evitar o problema, a costureira Ângela Mello, que mora na região há 42 anos, precisou comprar pedras para tampar os buracos. “Eu tirei dinheiro do meu próprio bolso para fazer o reparo. A prefeitura poderia asfaltar a rua, mas não ninguém olha para nossa região. A minha casa fica alagada com a água suja das poças que formam nos buracos da via”, lamenta.

Até o fechamento da edição a prefeitura não pronunciou.

Por Larissa Martins/Foto: TVC

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