Rodoviários recusam contraproposta do Setranspetro e Sindicato do Rodoviários segue para mesa de negociação com patronal

Nesta segunda-feira (22) o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Petrópolis realizou mais uma assembleia geral extraordinária, voltada para todos os trabalhadores da categoria, associados ou não ao sindicato, na sede da instituição. Foram duas sessões, tendo a primeira convocação pela manhã e a segunda convocação á tarde. Em ambas, os trabalhadores, por unanimidade, recusaram a contraproposta dos patrões de aumento de 5% no salário.
“Havíamos pedido aumento de 10% no salário dos rodoviários e o valor de R$500,00 da cesta básica, mas a proposta do patronal foi de 5% e R$470,00 para a cesta básica. Então, rejeitamos já que a proposta não chegou nem perto do que pedimos. Na próxima quinta-feira, outras duas sessões serão realizadas para uma nova tentativa de acordo com as empresas”, disse o presidente do sind. Rodoviários, Glauco Paulino da Costa.
O edital de convocação das reuniões não é mais veiculado em jornais impressos, no formato padrão de edital. Com isso, na tentativa de que todos os trabalhadores da categoria estejam cientes das reuniões, o sindicato tem feito postagens nas redes sociais, e anunciado as assembleias nos terminais. “Quando há uma assembleia coletiva, ela fica em estado permanente, então, não precisamos divulgar no formato padrão”, disse.
O presidente do sindicato chegou a dizer que, após o incêndio que atingiu a garagem da Petro Ita e da Cascatinha, no início deste mês, ainda não foi realizada uma reunião com o Setranspetro para estabelecer melhorias para o trabalho dos rodoviários. E que não pode falar do tema sem que haja um consentimento do patronal. Enquanto isso, os rodoviários continuam sofrendo com condições precárias de trabalho com ônibus sucateados e salários atrasados.
Há algum tempo o sindicato tem mudado a forma como lida com a imprensa. Antes, livre para chegar na sede do sindicato e participar da programação, agora, há uma resistência para acessar o espaço e acompanhar as assembleias. “A imprensa está proibida de entrar”, disse um integrante do sindicato quando uma equipe do correio petropolitano esteve no local, mesmo após ter sido autorizado pela assessoria de comunicação.
Larissa Martins/ Foto: divulgação