Detritos do aterro do Fischer, em Teresópolis, estão sendo levados para Belford Roxo

No último fim de semana, foi iniciado o transbordo do lixo do aterro do Fischer, em Teresópolis. O transporte está sendo realizado pela empresa Eco Rio Soluções Ambientais, serviço que será prestado durante seis meses, através de contrato emergencial realizado com a prefeitura por meio de dispensa de licitação. Os resíduos sólidos do município estão sendo levados para o aterro sanitário licenciado de Belford Roxo, localizado a 74 km de distância de Teresópolis.

“Essa é a primeira ponta da solução para encerrar definitivamente a operação de vazamento do Fischer. Sabemos que é um problema histórico, de décadas, que vem afetando as nossas famílias e o meio ambiente. É uma questão grave social também pois temos os catadores, uma economia do lixo que trabalha há muitos anos gerando renda através do lixo para cuidar de suas famílias”, disse o prefeito do Teresópolis, Vinicius Claussen.

Com um investimento mensal de mais de R$ 772 mil, totalizando mais de R$ 4,6 ao longo dos seis meses, o contrato emergencial terá o custo dividido entre o município e o Governo do Estado. A empresa vai realizar, diariamente, o transporte de cerca de 150 toneladas de detritos produzidos em Teresópolis. Agora, a prefeitura informou que vai dar início a um processo licitatório comum para garantir mais um ano de transbordo, além dos seis meses do atual contrato emergencial.

Para o presidente da Câmara dos Vereadores de Teresópolis (CMT), Leonardo Vasconcellos, tem que haver um plano de saneamento por lei para controlar a destinação do lixo na cidade. “O que não se pode ter hoje é manter o lixão da maneira como está. Até 2009 ou 2010 aquele espaço era um aterro sanitário controlado e de referência para o Estado do Rio de Janeiro, mas o abandono fez com que se tornasse o lixão que é hoje”, disse.

No dia 26 de junho, um incêndio atingiu o aterro sanitário do Fischer. Na ocasião, uma densa nuvem de fumaça encobriu toda a cidade de Teresópolis e moradores foram encaminhados para unidades de saúde com problemas respiratórios. A Câmara Municipal solicitou informações epidemiológicas para saber os impactos do incêndio à saúde municipal. “Eu fiz um requerimento para saber a quantidade de pessoas que deu entrada no serviço de atendimento, seja ele particular ou do SUS com alguma intercorrência relativa à fumaça. Alguns hospitais já começaram a encaminhar, mas a gente ainda não tem esses dados fechados”, explicou o presidente da CMT.

por Raphaela Cordeiro/Fotos: Bruno Nepomuceno.

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