Acidentes com animais silvestres acende alerta de ONGs em Petrópolis

Na última segunda-feira (24), vídeos compartilhados em redes sociais mostraram uma paca, ferida na região do Carangola, em Petrópolis e pouco tempo depois ela foi encontrada morta. O caso acendeu um alerta na população no que tange o resgate de animais silvestres no município, haja vistas o animal ficou jogado na rua e nenhum órgão realizou a remoção.
As ocorrências de atropelamentos são comuns na cidade. No dia 17 de julho, duas capivaras morreram após serem atropeladas em Itaipava. Também pelas redes sociais, vídeos foram compartilhados dos animais às margens da via. De acordo com a estimativa do Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas, um animal silvestre é atropelado a cada 17 segundos em vias do Brasil. A região sudeste apresenta os maiores índices, correspondendo a 58% de todas as ocorrências do país.
Em Petrópolis, as capivaras são os animais silvestres mais encontrados pela população, principalmente as margens dos rios e em toda a extensão da Avenida Barão do Rio Branco. O problema é que normalmente nenhum destes órgãos realiza socorro ao animal ou a remoção das carcaças encontradas nas vias após acidentes. De acordo com Ana Cristina, presidente da ONG Anima Vida, faltam investimentos para a causa animal. “A Coordenadoria de Bem-Estar Animal (Cobea), não tem infraestrutura. A secretaria de Meio Ambiente também “lava as mãos”. Nós acompanhamos diversos empreendimentos em construção na cidade e esse fato faz com que os eles fujam para áreas urbanas. A ONG tinha um contanto mais próximo com o Corpo de Bombeiros, mas aos poucos foi diminuindo”, comenta.
Em caso de atropelamento, a recomendação é que as pessoas acionem a Polícia Ambiental, rodoviária, da concessionária da rodovia e de órgãos ambientais, em casos do animal ainda estiver vivo. Em áreas urbanas a responsabilidade também da Polícia Militar Ambiental e do Corpo de Bombeiros.
Nós Questionamos a prefeitura de Petrópolis, por meio da Cobea, sobre o problema mostrado na matéria e o município informou que animais silvestres não são de responsabilidade do executivo. Já o Corpo de Bombeiros não respondeu aos questionamentos.
Por Richard Stoltzenburg