Último fim de semana do Festival Sesc de Inverno agita Itaipava

Neste sábado (29), o maior evento cultural multilinguagem do país, o 21º Festival Sesc de Inverno, deu início aos shows no Parque Municipal Prefeito Paulo Rattes, em Itaipava, distrito de Petrópolis. Com uma programação repleta de música, gastronomia e atividades culturais, o parque foi dominado pela arte e conquistou a atenção e os corações dos presentes, enquanto promovia a solidariedade com doações de alimentos.

O Festival Sesc trouxe à tona a rica diversidade cultural presente no Brasil, enaltecendo artistas plurais e proporcionando espaço para diferentes expressões culturais. Desde os acordes do samba e forró até as batidas vibrantes do rock e hip-hop, os palcos foram cenários perfeitos para uma verdadeira imersão na cultura brasileira.

Enquanto o sol se punha os grandes shows do primeiro dia do festival eram iniciados. Na ocasião ficou evidente que não só a magia da música tomou conta, mas também a da solidariedade. O cantor Xamã, durante sua apresentação, incentivou o público a doar sangue para o Banco de Sangue Hospital Santa Teresa. “Música é revolução e política. Através da música, conseguimos trazer observações e pensamentos que muitas vezes não estão nos feeds das redes sociais. A gente pode usar o espaço do palco para conscientizar a galera sobre a importância de doar sangue”, explicou o cantor em entrevista exclusiva à TV Correio da Manhã.

Em seguida foi a vez de Luedji Luna, considerada dona de uma das vozes brasileiras mais potentes da atualidade, subir ao palco. Ela trouxe para a Serra Fluminense a turnê “Bom mesmo é estar debaixo d’água Deluxe”. Nas músicas, Luedji aborda uma questão instigante sobre a definição de amor.

“A cada dia que passa, eu descubro uma resposta! Não é só sobre o meu olhar. São várias respostas para o mesmo tema, mas eu fico com uma muito boa que está no primeiro disco, que diz: O amor é tudo que mói e depois que faz curar. Amar dói em vários níveis, mas também é o que nos potencializa, que nos cura e nos traz paz”, disse Luedji Luna.

O público ainda pôde curtir o show “Escuro Brilhante” de RICO DALASAM, onde ele uniu os sucessos de carreira, as canções do EP “Fim das Tentativas”, e músicas inéditas.

A atmosfera do primeiro dia de festival foi repleta de orgulho e empoderamento. Pessoas de todas as idades, orientações e identidades de gênero se uniram em uma demonstração de afeto e respeito, mostrando que a diversidade é um pilar essencial para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. A cantora Liniker, que subiu aos palcos para trazer os sucessos de seu álbum-solo “Indigo Borboleta Anil”, enfatizou a importância de trazer artistas de diferentes nichos para a festa.

“Eu acho que a cultura movimenta o país, o que faz a gente ter pluralidade de pensamento. Esse line-up em outro festival, para muitas pessoas, às vezes é muito impossível de entrar por causa dos preços, pelas distâncias ou limitação de ingressos. Então é muito bom ter esse espaço gratuito aqui”, comentou Liniker.

E, para fechar a noite com chave de ouro, Djonga subiu aos palcos e trouxe o show “O Dono do Lugar”, onde ele abordou diferentes questões como a masculinidade preta. Para o rapper e escritor, a arte é a melhor forma de educar alguém. “É melhor do que qualquer escola, a arte muda o mundo todos os dias. A arte mudou o meu mundo e enquanto a gente tiver pelo menos a arte livre e viva, para a gente acreditar, nós temos esperança”, finalizou Djonga.

Neste domingo (30), o Parque de Exposições vai receber em dois palcos, com shows gratuitos a partir das 16h: Talita Duarte e Thalita Vila Convidam Bloco Terreirada, Ana Carolina, Silva e Xande de Pilares.

Por Gabriel Faxola/Fotos: Thiago Alvarez

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