Sintect-RJ realiza vistoria no prédio dos Correios em Petrópolis

Nesta segunda-feira (31), o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios, Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect-RJ) esteve no Centro de Petrópolis, no prédio dos Correios, para realizar uma vistoria no imóvel e averiguar as condições de trabalho dos funcionários. “Chegamos aqui e fomos surpreendidos pelas péssimas condições. Esse prédio conta a história dos Correios e, infelizmente, vem sendo tratado pelas gestões de forma desleixada, o que tem ameaçado o legado que foi cuidadosamente deixado ao longo do tempo”, explicou um dos responsáveis pela pasta de saúde e segurança do trabalho do Sintect-RJ, Cristiano Galvão.
A unidade deveria ser um dos mais belos prédios que compõem o conjunto arquitetônico do Centro da cidade de Petrópolis. O prédio dos Correios foi fundado em 1848 e sua preservação é garantida pelo INEPAC – Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, através do tombamento realizado em 1998.
O atendimento da unidade ficou confinado no fundo do prédio por quase dois anos. Agora, ele é improvisado no Salão Principal, onde também se mantém o Museu dos Correios, que está fechado. “Aqui tem um espaço interno muito grande, que poderia ser aproveitado de várias formas, além de ser uma agência de Correio. Poderia ser um espaço para educação ou cultura”, disse Galvão.
E não só as marcas e pichações chamaram a atenção do Sindicato, mas as condições de trabalho dos funcionários do edifício são preocupantes. “Nós buscamos a melhoria das condições de trabalho. De forma geral, todos os Correios do Rio de Janeiro estão em estado deprimente. Nesta unidade, há problemas ergonômicos, móveis antigos, uma estrutura instável, infiltrações com riscos de incêndio, extintores com equipamentos danificados e falta de sinalização de rotas de fuga. São muitas questões que mostram que falta um olhar para estes funcionários”, disse o técnico em segurança do trabalho do Sintect-RJ, Marcos Lima.
Agora, o Sindicato vai realizar um relatório e encaminhá-lo para os Correios, para que eles tomem as devidas providências. Caso as soluções não sejam sanadas, o documento será enviado ao Ministério Público.
Por Gabriel Faxola/Foto: TVC