Os dados revelam que a maioria dos pacientes atendidos na Sala de Trauma do Hospital Santa Teresa (HST) está relacionada a acidentes envolvendo motos. Esses incidentes variam desde colisões com outros veículos até quedas isoladas. Somente no mês de agosto, foram registrados 86 casos, sendo 74 homens e 12 mulheres.

Para o motociclista Rodnei Melo, nem todos os acidentes em que motos estão envolvidas são de responsabilidade dos pilotos. “É muito relativo. O trânsito em Petrópolis é muito desorganizado, falta responsabilidade nas ruas. Às vezes, pode ser culpa até de um pedestre ou motorista. Muita gente na rua, os acidentes são inevitáveis”, diz ele.

O congestionamento intenso no trânsito de Petrópolis é um problema crônico na mobilidade urbana. Ruas estreitas, má sinalização e transporte público precário são os principais fatores que levam a população a aderir aos veículos próprios. Dados do Departamento de Trânsito do Estado do Rio de Janeiro (Detran-RJ) revelam que, de agosto do ano passado a agosto deste ano, foram adquiridas 1.755 motos em Petrópolis.

No mesmo período, foram adquiridos 1.447 carros em Petrópolis. Segundo o HST, foram registradas 37 vítimas em acidentes envolvendo automóveis. Dados relacionados a quedas (27), atropelamentos (8) e agressões (6) também foram contabilizados. Mas, mesmo somando todos (78), o número ainda é menor do que o de acidentes envolvendo motos.

Por Gabriel Faxola