Novas secretarias da gestão Bomtempo terão custo de mais de R$ 4,3 milhões aos cofres públicos

Nesta semana, a Câmara de Vereadores de Petrópolis aprovou, em primeira discussão, a criação de três novas secretarias no Poder Executivo. As pastas extras representam um gasto de mais de R$ 4,3 milhões de reais aos cofres públicos em 2024, segundo consta nos projetos enviados pelo prefeito Rubens Bomtempo (PSB) à Casa Legislativa.
Bomtempo pretende criar as secretarias da Mulher, da Pessoa com Deficiência e da Economia Solidária, Trabalho, Emprego e Renda. As novidades só serão efetivadas caso a Câmara também aprove os textos em segunda discussão. Esta nova votação deve ocorrer daqui a 10 dias.
O vereador Mauro Peralta (PRTB) foi o único a votar contra a criação das três secretarias. O parlamentar criticou que as demais pastas já não funcionam como deveria, citando, por exemplo, os problemas na saúde e transporte público. Também disse que há a preocupação com a falta de concursados nestas novas áreas.
“Se secretaria melhorasse a qualidade de atendimento, ótimo. Mas não vai melhorar. Os cargos vão ser de livre nomeação, muitos dos quais sem a menor qualidade técnica de exercer aqueles cargos para os quais foram contratados e vai continuar o caos, sem remédio, sem médico, sem nada”, disse.
A Secretaria de Economia Solidária, Trabalho, Emprego e Renda foi a que enfrentou maior resistência. Foi aprovada com 10 votos favoráveis, quatro contrários e uma ausência. Fred Procópio (PL) foi um dos que votou contra a nova pasta. Para ele, o governo precisa cumprir as promessas da criação das pastas voltadas à tecnologia e agricultura e precisa ser uma discussão madura.
“Fui favorável às outras duas secretarias por entender que é razoável a criação, por se tratar por uma discussão madura. Secretarias para abrigar outros interesses, a não ser da sociedade, eu não consigo votar favorável”, afirmou.
Esta secretaria, caso aprovada em segunda discussão, vai gerir a moeda social Ipê Amarelo e também o Banco Municipal Popular. Seu custo é de pouco mais de R$ 1,5 milhão em 2024.
Já as secretarias da Pessoa com Deficiência e da Mulher tiveram maior apoio no legislativo. Esta última chegou a ter 14 votos favoráveis. A maior parte dos vereadores afirmaram que era um voto de confiança para o governo, já que a criação seria uma solicitação antiga de pessoas ligadas à causa.
“Votei favoravelmente a secretaria do deficiente, porque não vi como despesa, mas investimento. Já essa Secretaria de Emprego e Renda, poderia ser muito bem desenvolvida no Desenvolvimento Econômico”, explicou Domingos Protetor (Pode).
Por Wellington Daniel/Crédito: Rafael Wallace / Divulgação/Alerj