Na tarde desta terça-feira (05), o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) adiou mais uma vez a decisão sobre a transferência das linhas da Viação Cascatinha em Petrópolis. Foi agendada uma audiência no próximo dia 19 de março para debater o assunto. A diretoria e equipe do Sindicato dos Rodoviários de Petrópolis esteve presente na sessão e informou que já agendou uma reunião com membros da Companhia de Trânsito e Transportes (CPTrans) e da Prefeitura de Petrópolis a ser realizada nesta quarta-feira (06), para tratar sobre a situação dos funcionários rodoviários que trabalham na empresa. Assunto foi debatido no Tribunal após manifestação dos rodoviários e cobradores da Cascatinha sobre uma decisão da Quarta Vara Cível de Petrópolis.

No mês de fevereiro deste ano o juiz Jorge Luiz Martins, da Quarta Vara Cível de Petrópolis, determinou que a Companhia de Trânsito e Transportes de Petrópolis (CPTrans) substituísse todos os ônibus que atendem as linhas da Viação Cascatinha. No documento da decisão ainda ficou enfatizado que caso a Cascatinha realize a demissão de operadores diretos, motoristas, cobradores e fiscais será considerada infração contratual gravíssima.

No entanto, os funcionários da empresa estão preocupados da forma que serão conduzidos os processos trabalhistas. Cerca de 80 funcionários da empresa paralisaram o trânsito no Terminal Rodoviário do Centro na tarde do dia 22 de fevereiro. O principal objetivo da manifestação foi acionar o poder público para buscar explicações, que culminou na adiação por parte do TJRJ.

A CPTrans foi questionada sobre a nova decisão, mas até o fechamento desta edição não obtivemos resposta.

Coletivos ainda apresentam problemas

Enquanto a situação trabalhista dos rodoviários e cobradores segue sem definição, os coletivos da empresa Cascatinha continuam a apresentar problemas. No dia 26 de fevereiro deste ano, um microônibus, que atende a localidade do Quarteirão Brasileiro, saiu da pista em plena subida e ficou com uma das rodas penduradas em um barranco. Ao analisar o documento do coletivo, ele ultrapassava o limite máximo de idade para operar no município de Petrópolis (oito anos).

O mesmo ônibus já havia sido reprovado em três vistorias da CPTrans (abril de 2022, setembro de 2022 e abril de 2023) e aprovado com restrição em duas (agosto de 2023 e dezembro de 2023). No entanto, ao analisar a última vistoria realizada pela Companhia, em janeiro deste ano, o veículo estava em reforma/manutenção.

Por Gabriel Rattes/Foto: rede social