MPRJ visita Centro de Inteligência em Saúde que monitora filas e vagas no estado

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) realizou uma visita ao Centro de Inteligência em Saúde do Estado (CIS-RJ) para acompanhar o monitoramento em tempo real das informações de saúde realizado no local. O centro oferece um panorama abrangente dos dados da regulação estadual de vagas, de consultas e procedimentos, além de informações consolidadas sobre saúde coletiva e incidência de doenças. Participaram da visita a coordenadora do Centro de Apoio Operacional (CAO Saúde/MPRJ), Denise Vidal; o titular da 3ª Promotoria de Saúde da Capital, Daniel Lima Ribeiro; e a procuradora de Justiça Anabelle Macedo.
De acordo com os promotores, esses dados são fundamentais para o planejamento e a execução das políticas públicas de saúde, cuja fiscalização, na cidade do Rio, é atribuição da 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Saúde. Durante a visita, foi discutido um indicador importante que vem sendo monitorado pela Central de Regulação: o absenteísmo, que é a falta de comparecimento de pacientes às consultas agendadas. Os promotores identificaram que, atualmente, esse índice chega a 35% dos serviços oferecidos pela central. Segundo a coordenadora do CAO Saúde, o dado é preocupante, pois a falta dos pacientes prejudica não apenas o atendimento a eles, mas também impede que outras pessoas, que aguardam na fila, sejam atendidas, além de reduzir as ofertas de serviços especializados e acesso a recursos mais demandados.
Os representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES) relataram aos membros do MPRJ que estão empenhados em compreender as causas das ausências, tendo já detectado uma possível falha de comunicação entre os órgãos responsáveis pelo agendamento e os pacientes. Para lidar com essa questão, informaram que estão implementando soluções baseadas em inteligência artificial, a fim de otimizar a gestão das filas de atendimento, especialmente as mais críticas, como as de UTI adulto. Outra ação anunciada é uma campanha para atualização dos dados cadastrais dos pacientes, como telefones e contatos, para aprimorar a comunicação.