Técnicos da rede municipal de ensino se reuniram nesta sexta-feira (09/05) em um seminário com o tema “A educação brasileira em disputa: O Plano Nacional de Educação 2025–2035”, promovido pela Prefeitura de Petrópolis. O objetivo foi debater os avanços e desafios do Plano Municipal de Educação e o alinhamento com o novo ciclo do Plano Nacional.

“O planejamento da educação precisa partir da escuta de quem está na ponta. Discutir metas com base na realidade local é que vai garantir avanços concretos nos próximos anos”, afirmou o prefeito Hingo Hammes.

Conduzido pelo sociólogo e presidente do Instituto Cultiva, Rudá Ricci, o seminário teve como foco principal entender como a pandemia afetou o cumprimento das metas locais e como isso deve ser considerado no planejamento da próxima década.

Durante a apresentação, foram discutidas formas de avaliar o impacto real das ações feitas nos últimos anos, com base não só em indicadores como o IDEB, mas também em aspectos da vida escolar e familiar que influenciam diretamente o aprendizado.

“O que nos preocupa é garantir que os dados reflitam a realidade das nossas escolas. O número por si só não mostra tudo”, afirmou o secretário de Educação, Alexandre Gurgel.

A subsecretária Ana Carolina Kapler reforçou que o processo deve envolver escuta ativa das equipes e das comunidades escolares. “Não estamos olhando apenas para metas no papel. Queremos entender como cada escola foi impactada, especialmente no pós-pandemia, e o que pode ser feito para melhorar esse cenário”, disse.

Entre os pontos debatidos estava a necessidade de olhar para o IDEB como um ponto de partida e não como o único parâmetro de avaliação. Situações como evasão, distorção idade-série e dificuldades emocionais dos estudantes também devem ser levadas em conta.

“O Brasil é um país muito diverso. Cada região tem suas particularidades. O desafio é não padronizar as respostas. O plano nacional precisa considerar o que está acontecendo em cada território”, completou Rudá Ricci.

Fot Divulgação PMP