Em reunião na ONU, governador Cláudio Castro discute cooperação para combate ao tráfico de armas

Acordo inclui encontros bilaterais para discutir o tema, conferência e criação de protocolos
Durante encontro com representantes do Escritório das Nações Unidas para Assuntos de Desarmamento (UNODA), nesta segunda-feira (12/05), em Nova Iorque, o governador Cláudio Castro sugeriu a cooperação com a instituição para o combate ao tráfico de armas no Estado do Rio de Janeiro. O acordo inclui encontros bilaterais para discutir o tema, além de conferência em fórum do Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste) e criação de protocolos.

– Cerca de 90% dos fuzis apreendidos em 2024 pelas nossas Forças de Segurança são oriundos dos Estados Unidos e chegam ao país pelas fronteiras do Paraguai, Colômbia e Chile. O Rio de Janeiro não produz armamentos. Outro dado preocupante é a venda de peças para montagem de armas e também de munição, por isso viemos em busca de ajuda para dialogar com as fábricas e impedir que sejam vendidas para países onde não há controle na comercialização. Acreditamos que combatendo esse tipo de crime no Rio de Janeiro, combatemos em todo o Brasil e até em outros países – ressaltou o governador.

Para intensificar as ações de combate à entrada de armas e drogas, o Governo do Estado criou o Guardião de divisas: portais eletrônicos nas divisas com câmeras inteligentes e scanners. Apenas nos três primeiros meses deste ano, as forças de segurança do Estado do Rio apreenderam 1.490 armas de fogo, sendo 230 fuzis. Desde 2021, 2.364 fuzis foram retirados das mãos de criminosos e no ano passado 732 foram apreendidos, cerca de 2 por dia.

Durante a reunião, o governador ressaltou ainda sobre a necessidade de mudanças na legislação penal com sanções coerentes, que não sejam favoráveis à criminalidade, principalmente em casos de reincidências. Hoje, as sentenças judiciais são dadas com base no Código Penal de 1940 e no Código de Processo Penal de 1941.

Entrega de dossiê de inteligência para autoridade americana

Os secretários de Segurança Pública, Victor dos Santos, e de Polícia Civil, Felipe Curi, entregaram ao conselheiro do Departamento de Estado Americano, Ricardo Pita, e membros do Consulado Americano um dossiê com dados reservados para garantir a denominação de terrorista às lideranças da facção criminosa Comando Vermelho (CV).

A interlocução com o governo americano permitirá um avanço no combate ao crime, principalmente na lavagem de dinheiro, garantindo o rastreio de contas no exterior, e no tráfico de armas e drogas. O dossiê mostra, por exemplo, que as facções criminosas CV e PCC têm ligações em várias partes do mundo e prova a relação deles com o Hezbollah e a máfia italiana.

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