Por Leandra Lima

Dia 23 de abril é celebrado o dia de São Jorge, o santo guerreiro, que é considerado um símbolo de coragem e fé. Sua imagem é atrelada a de um guerreiro que vem salvar a humanidade em cima de um cavalo branco, exterminando um dragão que representa risco. Ele também representa a vitória do bem contra o mal, já que a trajetória de vida do guerreiro é marcada pela oposição à ideia do imperador de Roma, e persistência.

Na cultura brasileira muitos devotos veem nele o exemplo de força para lidar com adversidades do dia a dia, a composição musical de Gabriel Moura, Seu Jorge, Pretinho da Serrinha e Leandro Fab, elucida bem a ideia, “Jorge vem de lá da Capadócia, montado em seu cavalo na mão a sua lança, defendendo o povo do perigo, das mazelas do inimigo, vem trazendo a esperança. Jorge, nosso povo brasileiro, tem alma de guerreiro, não cansa de lutar, enfrentando um dragão por dia, na sua companhia a gente chega lá”, trecho da composição musical. Assim como a música, a peça teatral “Jorge, O Santo Guerreiro”, da Satura Companhia de Teatro, traz a essência e a alma do guerreiro que se manteve firme mesmo com os obstáculos.

O espetáculo que estará em cartaz no mesmo dia da celebração, 23 de abril, no Teatro Imperial, às 19h, narra a história de Jorge, que era filho de pais cristãos, e natural da Capadócia. Após o nascimento, foi criado na Palestina, e lá começou a carreira militar, sendo promovido a capitão do exército romano, aos 23 anos. Segundo o diretor da peça, Fred Justen, a obra artística se passa neste período em que a perseguição contra cristãos era constante, por conta das ordens do Imperador Diocleciano.

Neste contexto, Jorge não escapou das determinações e foi alvo dos ataques, porém se manteve firme, sem renunciar à própria fé. A história acompanha toda a trajetória até o momento que é degolado. A montagem conta com um elenco de oito atores, sendo eles: Rafael Nogueira, Marcos Retondar, Christiane Carvalho, Cristopher Raoni, Jéssica Leite, Beth Medeiros, Matheus Jeronymo e Elbes Laurentino. A música que acompanha todo enredo tem direção musical de Nino Ramos e arranjos de Pedro Ribeiro, os músicos Marcelo Almeida (violão), Léo Batuque (percussão) e Cleiton Batista (piano), também estão inseridos nas cenas.

A obra carrega consigo a imagem de um herói, além de marcar os 32 anos da Satura Companhia de Teatro, a peça reforça a ideia de que o teatro é uma arte encantadora que desde de seu surgimento na forma mais primitiva tem sido lido como uma ferramenta de transformação social e guardião das memórias e do lúdico, além de ser o espelho da sociedade.

Os ingressos de “Jorge, O Santo Guerreiro” podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro Imperial ou pelo site Ingresso Digital.

Fotos: Tiago Vieira