Bolsonaro diz que falou com Gilmar sobre críticas e que assunto está ‘encerrado’

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira (16) ter conversado com o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), sobre as críticas feitas pelo magistrado à atuação do Ministério da Saúde durante a pandemia de Covid-19 e à declaração de que o Exército estaria se associando a um “genocídio”. Segundo Bolsonaro, de sua parte, o assunto está encerrado.

“Qualquer crítica construtiva é bem-vinda. Essa questão do ministro Gilmar Mendes, teve uma nota do ministro da Defesa no tocante a isso, e da minha parte eu dou por encerrado isso aí. Eu deixo lá com o ministro Fernando Azevedo e o ministro Gilmar Mendes”, disse o presidente durante sua live semanal nas redes sociais.

Bolsonaro afirmou que conversou com Gilmar Mendes por telefone depois das críticas do ministro do STF, mas não relatou o que foi tratado na conversa.

“Eu conversei com Gilmar Mendes por telefone sobre o episódio, desculpe aqui não revelar o teor da conversa, mas conversei com ele. Ato contínuo, houve um contato entre o ministro Gilmar Mendes e o ministro Pazuello, conversaram também. E o que nos queremos é solução”, declarou o presidente. 

Na mesma live, Bolsonaro defendeu a permanência de Pazuello no governo. O ministro interino, no entanto, já apresentou ao presidente três cenários para sua saída do Ministério da Saúde, revelaram hoje (16) o âncora Kenzô Machida e a analista Thais Arbex.

Ontem (15), Pazuello telefonou para Mendes, segundo apuração dos analistas da CNN Renata Agostini e Igor Gadelha. Segundo interlocutores de Pazuello, na conversa, o general elencou algumas ações da pasta no combate ao coronavírus e se colocou à disposição para passar mais detalhes, caso o ministro do STF tivesse interesse. A pessoas próximas, Mendes disse ter sido uma conversa “cordial”. A operação de aproximação contou com orientação de integrantes do Palácio do Planalto, interessados em baixar a temperatura. 

O ministro do STF fez as críticas no sábado (11). O Ministério da Saúde está sem titular há quase dois meses, desde a saída de Nelson Teich. Desde então, está sendo comandado interinamente por Eduardo Pazuello, um general da ativa do Exército.

“Isto é ruim, é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse genocídio. Não é razoável para o Brasil. É preciso por fim a isso”, afirmou Mendes.

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