Raphaela Cordeiro/Redação Correio da Manhã

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (8), a Prefeitura de Petrópolis anunciou a limpeza e desobstrução de canaletas do aterro sanitário localizado no distrito de Pedro do Rio. No terreno, funciona hoje o depósito de resíduos de construção civil e lixo verde, mas, na realidade, muitos outros materiais são descartados incorretamente no local.

O terreno já traz problemas há alguns anos. Em 2017, por determinação da Justiça, a área onde funcionava o aterro sanitário foi descontinuada por ter chegado à capacidade máxima. Já o outro lado do terreno, onde há o depósito de resíduos de construção civil e lixo verde, está saturado há mais de três anos, mesmo tempo em que é renovada a promessa de que o depósito vai ser transferido para um novo local. Só no ano passado, a licença para utilização do terreno foi renovada quatro vezes, sendo a última em novembro. Esta licença termina no dia 7 março deste ano.

O aterro sanitário de Pedro do Rio recebe mensalmente 80 toneladas de lixo. Após décadas sendo utilizado, o local apresenta hoje uma poça de chorume, canaletas obstruídas e sucatas de carros descartadas incorretamente no local. “Existem ali dezenas de sucatas de carros abandonados que pertencem a prefeitura, a drenagem está comprometida e todas as canaletas estão entupidas. Encontramos a piscina de chorume não sendo tratada e depositado diretamente na natureza.  Por isso, chamamos a Águas do Imperador de forma emergencial e solicitamos que o chorume voltasse a ser tratado”, disse o prefeito Rubens Bomtempo durante a entrevista coletiva.

Durante a coletiva, foram anunciadas algumas medidas que vão ser implementadas no espaço. Entre elas estão a  limpeza e revitalização do terreno, a desobstrução das canaletas, um leilão das sucatas que foram descartadas incorretamente no terreno, o tratamento do chorume, além da criação de uma comissão que vai estudar soluções economicamente viáveis e ambientalmente corretas. A prefeitura também anunciou que vai oficiar os Ministérios Públicos Federal e Estadual e o Instituto Estadual do Meio Ambiente (INEA) para que acompanhem a situação de perto.

O terreno não tem mais solução e não poderá mais ser utilizado. Desde 2017, o lixo dos petropolitanos é descartado em um terreno em Três Rios, contratado pelo INEA. “Temos aí um mês para poder solucionar esse problema. Tem vários terrenos que estão sendo estudados, alguns podendo ser desapropriados, alugados e até terrenos que já pertencem a prefeitura, estão sendo estudados por anos para que possam ser utilizados de uma maneira organizada”, disse o prefeito.