Seis anos após interdição, casa que abrigaria UERJ em Petrópolis, segue fechada

Raphaela Cordeiro/Redação Correio da Manhã
Quase seis anos após a interdição do prédio que foi destinado para sediar o curso de arquitetura da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, a UERJ Petrópolis, o casarão continua inutilizado. Com a interdição do prédio, a prefeitura precisou alugar uma outra casa para que as aulas não fossem interrompidas. O imóvel que serviu de residência de veraneio ao chanceler Barão do Rio Branco é tombado e faz parte da história do Brasil. Nele foi assinado o Tratado de Petrópolis, que determinou a transferência pela Bolívia ao Brasil do território do atual estado do Acre.

A casa Barão do Rio Branco, foi adquirida em 2015 pelo governo do estado, e em 2016, foi interditada pela justiça devido à falta de conservação da estrutura, que oferecia riscos à alunos e professores. Desde então, uma outra casa foi alugada pela prefeitura de Petrópolis, na Avenida Ipiranga para dar continuidade às aulas. No ano de 2019, o aluguel da casa na Avenida Ipiranga era de R$ 18 mil mensais
O prédio interditado sofreu ainda mais com a ação do tempo. Hoje, só do lado de fora, é possível observar rachaduras nas paredes e muros, além de pintura por fazer, deixando a casa ainda mais abandonada. Em 2019, o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC) chegou a divulgar a elaboração de um plano de restauro do imóvel, mas o projeto não saiu do papel.
Em nota ao Correio da Manhã, a UERJ informou que não há previsão para o início das obras no Casarão da Barão do Rio Branco. Já a prefeitura de Petrópolis e o Governo do Estado do Rio de Janeiro não responderam sobre os questionamentos feitos.