Psicólogos, endocrinologistas, atendimentos de enfermagem com realização de exames preventivos, além de avaliações clínicas e terapia hormonal. Estes São alguns dos serviços que a nova equipe multiprofissional para a população LGBTQIA+ oferece em Petrópolis

“A gente vive hoje em uma cidade com um contingente populacional grande de pessoas LGBT’s e principalmente pessoas trans, e sem o atendimento direcionado, os pacientes acabavam tendo que ir para o Rio de Janeiro buscar ajuda. Esse novo espaço faz com que os nossos usuários do Serviço de Saúde consigam alcançar questões relacionadas a saúde com mais facilidade dentro da sua cidade natal”, esclareceu Eduarda Balduino, coordenadora da pasta LGBTQIA+.

O encaminhamento para realizar consultas também pode ser feito por profissionais de outras unidades de atenção básica, os programas: “Saúde da Família” e “Centro de Cidadania LGBT”. Além desses locais, os encaminhamentos ocorrem também por meio da Sala Lilás, no prédio anexo ao Hospital Alcides Carneiro, em Correias.

“Caso a pessoa não seja paciente do Centro de Saúde, é necessário que ela apresente identidade, CPF, cartão do SUS e comprovante de residência. Se já for basta ir na recepção e marcar um horário”, esclareceu Eduarda.

A partir dos 16 anos, uma pessoa trans pode fazer o bloqueio do hormônio primário. Mas a terapia hormonal só pode ser iniciada a partir dos 18 anos. Dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), mostra que 42% da população trans já tentou suicídio, seja por questões hormonais, por se sentir invisível perante a sociedade, ou por sofrer qualquer tipo de preconceito. Então de acordo com Eduarda, o acompanhamento psicológico é de extrema importância.

“São pessoas que carregam diversas questões relacionadas a vida pessoal, problemas familiares, problemas que viveram na sociedade, e este acompanhamento é importante para ter uma vida saudável junto com a terapia hormonal. Nosso foco de atendimento para cuidar da saúde mental é no Centro de Atenção Psicossocial Nise da Silveira, na Rua Santos Dumont”, disse a coordenadora.

Os atendimentos acontecem às quartas-feiras das 8h às 17h, e sextas-feiras, de 8h às 17h, com a médica responsável.

Por Gabriel Faxola