Comerciantes sentem impactos em decorrência das greve dos rodoviários

Quadro de funcionários incompleto, nenhum cliente circulando e, consequentemente, caixas vazios. Esse foi o cenário da maior parte do comércio petropolitano nesta quarta-feira (06/04), após o início da greve dos rodoviários.

Quem atua nos serviços considerados essenciais tem que dar um jeito de chegar no trabalho. Esse é o caso do farmacêutico Daniel Ruffolo. “O funcionário não tem o que fazer, precisa trabalhar! É o seu sustendo, e o trabalho é sua responsabilidade, a empresa não pode ficar na mão. Diferente do funcionário público, que tem estabilidade, o pessoal do comércio todo dia tem aquela emoção, por não saber se o seu emprego está garantido, então de para fazer, nós fazemos! Damos o sangue, a gente vem andando, de bicicleta, o que não pode é deixar o patrão na mão”, esclareceu o farmacêutico Daniel Ruffolo.
Jorge Edilson, que trabalha em uma barbearia no centro da cidade, saiu de casa cedo para conseguir chegar ao trabalho. Mas apesar do esforço, não existe movimento no local. Isso porque os clientes desmarcaram o horário após a confirmação da greve. Mas mesmo diante dos transtornos e prejuízos, o autônomo diz apoiar a paralisação da categoria. “O movimento foi reduzido a nada, mas os rodoviários estão certos, precisam ir atrás de seus interesses, se eles não correrem atrás do que querem, ninguém vai. Eu não sei nem porque viemos trabalhar, sem movimento só gastamos luz, hoje foi só um dia para dar uma resposta aos clientes, mas já sabemos que o faturamento não vai ser quase nenhum”, disse o barbeiro Jorge Edilson.
O jornaleiro Carlos Henrique conseguiu abrir a banca, mas já imaginava que o movimento seria fraco. “O transporte é o coração da cidade, e sem transporte fica difícil trabalhar. Mas viemos cumprir o horário de trabalho de todos os dias, e esperamos que isso se resolva o mais rápido possível”, disse Carlos Henrique.

Por Gabriel Faxola/Redação Correio da Manhã

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