Dia do Trabalhador é comemorado neste domingo, 1º de maio

O “Dia do Trabalhador”, é comemorado no primeiro de maio, e é conhecido em grande parte do mundo como uma homenagem aos trabalhadores. No Brasil, a data tornou-se feriado em 1924. Em Petrópolis, apesar da data também ser celebrada, a população não parece estar muito satisfeita com as condições de trabalho.
Rodrigo e Rosiane Fonseca pretendem passar o dia do trabalhador em casa. Mas não para descansar, e sim porque de acordo com eles, está bem difícil arrumar emprego em Petrópolis.
“Apesar da cidade ter recebido recursos tanto do Estado, quanto do Governo Federal, por causa das últimas chuvas, o Governo Municipal não tem agido e nem feito nada. Tenho amigos comerciantes que perderam as lojas, e muitos não tinham seguro, então tiveram que demitir muita gente para arcar com os problemas. Acredito que se não houver um repasse de trabalho do Governo Municipal para os petropolitanos, a tendência é só piorar “, esclareceu o professor Rodrigo Fonseca.
A comemoração surgiu das lutas de trabalhadores por mais direitos trabalhistas, o dia primeiro de maio possui características distintas em cada país.
Andreza e Thiago vieram de Paraíba do Sul. Ele, conseguiu emprego no mesmo mês que chegou, em Setembro de 2021, e ela só conseguiu uma vaga em Abril deste ano. O casal conta que se pudessem mudar alguma lei, priorizariam por oportunidades para ficar mais tempo com os três filhos.
“A gente tem uma certa dificuldade para ficar com nossos filhos, por exemplo, levar no médico, então talvez uma flexbilidade no horário ajudaria bastante! Não precisa abaixar a carga horária, mas uma flexbilidade maior para quem tem filhos e precisa resolver as coisas no horário do comércio seria ótimo”, desabafou Thiago de Souza.
“Eu sinto muita falta do meu filho, ele fica em uma creche pública, e os horários não batem com o do meu serviço, além disso, não temos quem leve e busque ele da creche”, esclareceu Andreza Maiara.
Val Dias passa por um problema parecido, ela teve que arrumar dois empregos para conseguir pagar as contas de casa, e poder proporcinar mais qualidade de vida ao filho, por isso, não consegue passar muito tempo com ele.
“A gente recebe um salário mínimo para um custo de vida de dois mil reais, eu tenho que bancar meu filho, e ficar longe, não tem jeito! Ele tem 10 anos, e muitas vezes precisa até ficar sozinho e sempre que posso, ensino ele a se virar em casa, o mundo está muito difícil”, disse Val Dias.
Entre a classe trabalhadora, a reclamação é unânime, o salário não tem dado conta de suprir todos os gastos.
“As coisas estão muito caras, a passagem, o arroz e o feijão está um absurdo”, disse a cozinheira, Kezya Gomes.
Por Gabriel Faxola