Obras pós tragédia já estão em andamento, em Petrópolis, mas população pede agilidade

Algumas obras emergenciais já começaram a ser realizadas em Petrópolis, depois da tragédia que assolou a cidade e destruiu muitas ruas. Mas, ainda há muitos lugares em que a Prefeitura e o Estado não chegaram. Dentre as obras que foram iniciadas para a reconstrução da cidade, a Rua Washington Luiz é considerada uma das mais importantes, já que ela é a principal via de ligação entre o Quitandinha e bairros vizinhos, ao Centro Histórico. Esta obra é de responsabilidade do Governo do Estado e o valor total estimado está em pouco mais de R$ 48 milhões. Enquanto as obras são realizadas, apenas ônibus, táxis, vans e carros particulares autorizados podem transitar pelo local.
Izau Medina trabalha em uma loja de móveis que já funciona há 33 anos na rua washington luiz. Ele conta que, desde a chuva, o movimento na rua está completamente diferente e, com poucos veículos, as vendas cairam. “Tem atrapalhado bastante porque a gente espera ver o movimento normal. Você até vê as máquinas vindo, faz alguma coisinha, mexe para lá e para cá, tira algumas pedras, depois a gente não sabe para onde a máquina vai. Aqui na Washington Luiz ainda está muito parado. A gente não está vendo essa agilidade que precisa para ajudar o comércio, já que aqui é uma via importante e é a entrada principal para a cidade”, disse o vendedor.
Nesta semana, foi iniciada no local a retirada das pedras e da terra que estavam dentro do Rio Quitandinha. Ainda não se sabe o prazo para conclusão das intervenções, mas outras cinco obras que são de responsabilidade da Secretaria de Infraestrutura e Obras do Estado (SEINFRA), somando um montante de R$ 188 milhões, já foram iniciadas ou estão prestes a começar.
A loja onde Izau trabalha perdeu todas as mercadorias na chuva do dia 15 de fevereiro e ainda somou mais alguns prejuízos após a chuva do dia 20 de março. Ele conta que, para tentar recuperar as vendas, toda a equipe está precisando se redobrar. “A gente tem que ter jogo de cintura. Estamos tentando fazer a nossa parte, melhorando a nossa fachada, do jeito que pode, para ver se não fica só com essa imagem de obra. Mas a gente depende que a obra termine para voltar ao normal porque o fluxo de veículos diminuiu muito, e também o de pedestres. Só assim a gente volta ao normal”, explicou Izau.
O Governo do Estado informou que a única obra que ainda não teve início foi a do Túnel Extravasor, no Quissamã. Segundo o Estado, está sendo finalizado o projeto de reforço estrutural da galeria para que o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) possa desenvolver a obra definitiva para aquele local. Enquanto isso, a Prefeitura de Petrópolis informou que realizou, até o momento, 640 reparos nas ruas, investindo mais de R$ 5 milhões na recuperação de vias públicas atingidas pelas catástrofes climáticas. A prefeitura afirma aonda que os serviços abrangem recomposição de pistas, calçadas e redes pluviais, desmonte de rochas, construção de muretas e instalação de guarda-corpos em pontes.
Por Raphaela Cordeiro