Empresas de ônibus de Petrópolis compram veículos para aumentar a frota

Por conta das inúmeras reclamações relacionadas a má prestação do serviço de transporte pùblico em Petrópolis, as empresas Cascatinha e Petro Ita anunciaram que investiram em novos veículos para suprir a demanda de passageiros. “Um ônibus atualmente custa 500 mil reais. E por conta da pandemia os empresários enfrentaram dificuldades para manter 100% da frota. Mas ainda assim as empresas Cascatinha e Petro Ita fizeram essa renovação de frota e compraram o ônibus novos. Mas por conta da burocracia, ainda não tem pressa que colocar esses ônibus em circulação”, conta Carla Rivetti, gerente do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Petrópolis (Setranspetro).

As reclamações dos passageiros são frequentes. Diariamente quem depende do transporte público se depara com ônibus quebrados, e precisa se virar para não perder os compromissos. Entre as intercorrências que resultam em acidentes de transito, está a perda do freio de alguns coletivos, o que coloca em risco a vida de motoristas, cobradores, e claro, dos passageiros. Os atrasos constantes e as linhas suprimidas sem aviso prévio também prejudicam a população. “Os atrasos são gerados por conta de trânsito, carros estacionados de forma irregular nos bairros. Já em relação as quebras frequentes, nenhum empresário quer colocar o carro em circulação para quebrar na rua e deixar o passageiro a pé. Em primeiro lugar porque eles perdem os clientes e em segundo lugar porque é péssimo para a imagem”, explica a gerente.

Segundo o Setranspetro, as empresas de ônibus registraram uma queda de 29% de passageiros em relação ao ano de 2019. Isso seria um dos fatores que também contribuiu para a necessidade do reajuste da passagem. O sindicato disse ainda que atualmente a cidade é atendida com 90% da frota e que o serviço vai ser ampliado devido a compra dos novos coletivos.

Como se não bastassem todos estes problemas, na última semana entrou em vigor a nova tarifa dos ônibus, que teve um reajuste de 55 centavos. O aumento significativo, pesa no bolso dos usuários que continuam reféns do serviço ruim. “Esse reajuste não é suficiente para cobrir os gastos das empresas, mas sabemos que não podemos aumentar mais porque os passageiros não tem condições de pagar”, disse.

Por Larissa Martins/ Foto: Raphaela Cordeiro

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