Onze queimadas já foram registradas desde 1º de maio em Petrópolis

O inverno começa na próxima terça-feira, 21 de junho. Mas o “Plano Inverno 2022” da Secretaria de Defesa Civil, que tem o objetivo de nortear as ações preventivas para o período de estiagem, está em fase de elaboração. Enquanto o órgão finaliza o plano a cidade já teve pelo menos três incêndios em vegetação em junho e 11 queimadas desde o dia 1º de maio.

“Estamos nos pontos finais para a elaboração do Plano de Inverno 2022 e teremos algumas novas ações. É importante ressaltar que decidimos dar continuidade as Rondas Preventivas, pelo menos uma equipe estará disponível todos os dias, e responsável pela parte de incêndios florestais. Uma das características do inverno de Petrópolis é a umidade do ar muito baixa, e consequentemente a vegetação fica “ideal” para ia ocorrência de queimadas. Neste período ainda há a soltura de balões e queimadas para limpeza de solo, que prejudicam ainda mais o cenário”, esclareceu o Secretário da Defesa Civil de Petrópolis, Gil Kempers.

No dia dois de junho, a Prefeitura de Petrópolis anunciou o retorno das Rondas Preventivas, que é considerada uma das principais iniciativas para identificar possíveis problemas com queimadas. Em 2020, ela foi utilizada em um dos maiores incêndios florestais criminosos na Reserva Biológica de Araras, que destruiu 3.000 hectares de vegetação, o que equivale a 3.636 campos de futebol.

“Essa Ronda Preventiva é muito importante para a população se sentir segura, e para iniciar o combate ao incêndio quando ele ainda está no início”, esclareceu o Secretário.

Apesar da iniciativa ser da Defesa Civil, a ação é realizada em parceria com o Corpo de Bombeiros, Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). “Todos estes órgãos farão operações de notificação prévia em localidades de maior risco florestal. É uma ação muito importante, porque a gente busca minimizar, de alguma forma, os incêndios florestais nestas regiões”, disse o coronel Gil Kempers.

Nos meses de junho e julho é comum que ocorram as tradicionais solturas de balões, que muitas vezes resultam em incêndios florestais. A prática é considerada crime e pode resultar em multa e até detenção. Além disso, queimar lixo em casa, soltar guimbas de cigarro nas ruas e fazer fogueiras ao acampar, também são hábitos que podem causar grandes queimadas e tragédias ambientais.

“É importante que a população tenha consciência que muitas ocorrências surgem de ações casuais, e que as pessoas não tem intenção de provocar”, finalizou o Secretário da Defesa Civil de Petrópolis, Gil Kempers.

Por Gabriel Faxola

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